Por Rafael Secunho
O acesso a serviços públicos na palma da mão é uma necessidade nos dias de hoje. E, no Distrito Federal, essa transformação digital vem crescendo nos últimos três anos. Aplicativos para telefone celular oferecidos por órgãos de governo têm poupado tempo dos cidadãos e ampliado o relacionamento com a comunidade. Além do e-GDF – que reúne uma série de serviços em uma única plataforma –, órgãos como Caesb, Detran, Codhab, SLU e Polícia Civil, entre outros, criaram apps para atendimento online.
“Os aplicativos do GDF são uma forma de tornar os serviços mais seguros e acessíveis a toda a população”Itamar Feitosa, secretário de Economia
O e-GDF tem uma lista de opções em nove áreas diferentes. Informações sobre benefícios solicitados à Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) – cesta emergencial, Cadastro Único, auxílio por morte e natalidade, o endereço dos restaurantes comunitários – estão ali. A consulta e o valor de impostos, como o IPVA e o IPTU, também. O acesso à Delegacia Eletrônica para registro de ocorrências, idem. Há ainda a possibilidade de criar demandas no e-Cidades, plataforma que funciona como uma espécie de ouvidoria para as administrações regionais.
Ao longo de dois anos de pandemia do coronavírus, com a necessidade do isolamento social, esses apps se tornaram essenciais. E têm como diferencial a praticidade. “Os aplicativos do GDF são uma forma de tornar os serviços mais seguros e acessíveis a toda a população”, avalia o secretário de Economia, Itamar Feitosa. “Deixam mais fácil a vida das pessoas ao oferecerem serviços e informações rapidamente, o que antes demandava tempo e deslocamento”.
São muitas as funcionalidades. Notas fiscais eletrônicas emitidas na capital federal e emissão de boleto bancário (DAR) podem ser acessadas no Economia DF, aplicativo criado pela Secretaria de Economia (Seec). O Codhab Cidadão, por sua vez, oferece ao beneficiário acompanhamento da pontuação nos programas habitacionais e atualização do cadastro.
Já o Metrô DF e o Detran Digital trazem informações sobre o transporte e a situação de veículos e condutores, respectivamente. O Ilumina DF, da Companhia Energética de Brasília (CEB), é um canal onde o morador reporta problemas de iluminação na cidade. Por sua vez, com o e-identidade, a PCDF oferece o serviço de emissão de segunda via de Carteira de Identidade. O cidadão só precisa deixar sua casa para buscar o documento.
Autoatendimento na Caesb
Na Caesb, serviços que normalmente levavam o cidadão até uma agência de atendimento podem ser executados, atualmente, pelo aplicativo da companhia. Lá, o consumidor consulta e emite a segunda via de conta, altera a titularidade e a data de vencimento, além de poder informar vazamento de água ou esgoto na rua. São 20 serviços disponibilizados na palma da mão.
O aviso de falta d’água também está disponível e é um dos campos mais acessados. “O atendimento digital é uma demanda cada vez maior da sociedade; e, na pandemia, pudemos perceber uma maior adesão da população”, afirma o gerente de Desenvolvimento de Sistemas da Caesb, Cesar Augusto Fonseca. “Com os escritórios fechados devido às restrições sanitárias, as pessoas passaram a instalar cada vez mais o aplicativo e não deixaram mais”. Já são mais de 100 mil downloads do aplicativo.
“Lá vem o caminhão do lixo”
O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) também inovou, há cerca de um ano, lançando a ferramenta SLU – Coleta DF, por meio da qual os moradores podem saber o dia e o horário das coletas convencional e seletiva em sua região. E vai além: o deslocamento do caminhão pode ser acompanhado por um mapa online, permitindo ao morador saber se o veículo está chegando à sua região.
“É uma facilidade saber exatamente onde está o caminhão, que ele está próximo à porta da casa do cidadão, até mesmo para as pessoas se organizarem e colocarem os seus resíduos fora neste momento”, ressalta o chefe da Unidade de Tecnologia do SLU, Leandro Carvalho. São 5 mil downloads do app, que pode ser habilitado para enviar notificações ao usuário avisando o dia da coleta em sua cidade.
O aplicativo ainda tem uma aba para quem quiser sugerir os locais de instalação de novas lixeiras no DF, as chamadas papeleiras. No link “Onde precisa de lixeirinha”, o usuário pode apontar a necessidade em sua região. “O SLU instalou, no último ano, 16 mil papeleiras a partir de sugestões de cidadãos”, relata Carvalho. Todas as ferramentas podem ser baixadas gratuitamente tanto no sistema Android quanto no iOS, usado pela Apple.