Ampliar e fortalecer o acolhimento à população LGBTQIA+ na saúde do Distrito Federal foi uma das principais propostas debatidas no 1º Seminário Saúde e Diversidade no Distrito Federal. O evento ocorreu na quarta-feira (23), no auditório da Escola Fiocruz de Governo.
Para o médico de família e comunidade do Adolescentro de Brasília e um dos fundadores do Ambulatório de Diversidade de Gênero, Luiz Fernando Marques, o seminário é um marco. “Tem uma importância extrema para debatermos as necessidades da rede, sobretudo os cuidados de pessoas transexuais que precisam de uma atenção especial”, explica.
O ambulatório trans tem uma equipe composta por psicólogos, endocrinologistas, psiquiatras, urologista, ginecologistas e enfermagem. De janeiro a novembro, mais de 2,5 mil pessoas foram atendidas no Ambulatório de Diversidade de Gênero, que tem o objetivo de oferecer uma assistência especializada a esse público.
Além do reforço do acolhimento, o seminário abordou os desafios e possibilidades na atenção primária à saúde e as linhas de cuidado para a atenção integral da população LGBTQIA+ em todo o DF. O evento ainda realizou três oficinas de capacitação para profissionais de saúde voltadas à abordagem da temática, práticas de saúde, cuidados especiais para a pessoa transexual, a comunicação clínica e a diversidade.
“Queremos, a partir deste seminário, apresentar o trabalho da câmara técnica e construir propostas de ações, junto com os servidores da Saúde priorizando a atenção à população LGBTQIA+ no DF”, assegura o presidente do grupo, Clistenes de Souza Mendonça, enfermeiro da Família.
Para a sanitarista Beatriz Amaral, o seminário ampliou a troca de experiências. “É uma forma de melhorar o cuidado das pessoas. Humanizar o atendimento e prestar uma melhor saúde. Quero levar tudo de hoje para dentro das UBS em que estou atuando”, diz.
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