Por Kleber Karpov
Uma cena de agressão viralizou na internet em que um homem, participante de carreata de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)(7/Jan), sair de um veículo para agredir uma senhora, na Avenida Angélica, em Higienópolis, na região central de São Paulo. Filmado por pessoas que tentaram impedir socos e empurrões, o caso espanta ao se perceber a presença da Polícia Militar de São Paulo (PMSP), por não deter o agressor.
A mulher agredida, Debora Alba, de 39 anos, em entrevista ao G1 (Veja Aqui), afirmou que tentou intervir a agressão de uma outra senhora, idosa que estava na calçada com uma bandeira do PT a ser confrontada por um grupo de bolsonaristas. Ao tentar impedir as agressões, um homem desceu do carro e começou a agredi-la.
“Eu estava voltando pra casa quando vi umas quatro pessoas tentando agredir essa senhora que estava na calçada asteando uma bandeira do Lula. Eu corri pra tentar ajudar, e veio esse outro homem na minha direção. Quando vi que ele estava com um objeto na mão que parecia um canivete, eu recuei. Mas aí ele me pressionou na grade, veio pra cima do meu rosto”, disse Debora.
Em outro vídeo publicado na rede social, Twitter, é possível ver que viatura da PMSP chega exatamente sete segundos após o início das agressões, e em vez de apurar e prender o agressor, o escoltaram para o veículo.
“Os policiais fingiram que não viram nada, escoltaram o agressor pra dentro do carro e liberaram ele. Protegeram o agressor. Quando eu e quem estava em volta fomos reclamar, eles disseram pra me acalmar porque estava muito nervosa. Foi absurda a reação”, afirma ao observar que sequer recebeu orientação para registrar Boletim de Ocorrência (BO) na Polícia Civil.
Situação resolvida?
Por meio de nota, a PMSP afirmou confirmou que foi acionada mas, ao chegar ao local deu a questão por “resolvida” e por esse motivo deixou de efetuar detenções. “No endereço indicado, uma equipe constatou que houve desentendimento entre as partes, mas a situação teria sido resolvida. Por este motivo, não houve detenções. Até o momento, o caso não foi registrado pela Polícia Civil. No entanto, a instituição está à disposição da vítima para formalização do BO.”