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10 abr 2025 10:26

Veja depoimento Ibaneis afirma que Exército impediu remoção de acampamento bolsonarista, em Brasília

Por Kleber Karpov

O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), afastado do cargo, por 90 dias, por parte do ministro do STF, Alexandre de Moraes, após os ataques terroristas realizados por golpistas bolsonaristas, na capital federal (8/Jan), prestou depoimento à Polícia Federal (PF), espontaneamente.

Durante depoimento, Rocha apontou proibição, por parte do Exercito, da remoção de apoiadores do ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL-RJ)(29/Dez), em frente ao Quartel-General (QG) do Exército, em Brasília, por estar instalado em área “sujeita a administração do comando do Exército”.

Rocha, explicou que “manteve contato com os comandantes militares para organizar a retirada pacífica dos acampados”, em que se definiu a data de 29 de dezembro para se iniciar a remoção dos bolsonaristas. Porém, tal prazo foi “sustado por ordem do comando do Exército“.

Ibaneis, ponderou que o GDF chegou a realizar a retirada de algumas barracas, por meio de equipes da Polícia Militar do DF (PMDF) e agentes do DF Legal. Mas, acabaram por ser impedidos em decorrência de “oposição das autoridades militares”, ao se referir ao Exército.

Segundo Rocha, tais tratativas ocorreram com o Exército estavam sob competência da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF). Também de acordo com o chefe do Palácio do Buriti, a equipe de transição do governo federal “tinha conhecimento da oposição do Exército na retirada dos acampamentos”.

Rocha observou ainda a desmobilização dos acampamentos, após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que, inclusive, o GDF chegou a oferecer auxílio aos bolsonaristas que deixavam a capital, “fornecendo passagens de ônibus e na retirada de algumas barracas”.

Atos terroristas

Em relação aos ataques terroristas, das instiuições da República em 8 de janeiro, na Praça dos Três Poderes, Rocha foi notificado, no dia anterior, com mensagem do ministro da Justiça, Flávio dino, “relatando preocupação com a chegada de vários ônibus com manifestantes”.

Na ocasião, Rocha afirma ter ligado “imediatamente” ao ex-secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, que “havia acabado de chegar aos Estados Unidos, repassando imediatamente o telefone para Fernando de Souza Oliveira, secretário interino [ de segurança pública, Fernando de Sousa Oliveira].” que tranquilizou o governador, ao afirmar “haver informações que os manifestantes estavam chegando pacificamente ao QG do Exército para a manifestação do dia 8 de janeiro”. Informação essa, repassada à Flávio Dino, de acordo com o governador.

De acordo com Rocha, em 8 de janeiro, voltou a ser tranquilizado por Oliveira, e que novamente deu retorno ao ministro da Justiça o que o chefe do Palácio do Buriti, a viver “uma manhã de domingo com normalidade, inclusive indo à missa de meio-dia”.

Rocha falou ainda que após chegar em casa que recebeu nova mensagem do secretário interino, que o deixou “tranquilo”, em relação a movimentação dos manifestantes.

Segundo Ibaneis, com a formação do tumulto, próximo ao Congresso Nacional, o que acompanhou por meio da televisão,  determinou ao secretário interino colocar todo efeito das forças de segurança na rua.

“Tira esses vagabundos do Congresso e prendam o máximo possível”, disse o governador ao secretário.

Ocasião em que Rocha recebeu outra mensagem do interino para informar que “as coisas tinham saído do controle” com solicitação de apoio do Exército e de outras forças de segurança.

Com o descontrole da situação, Rocha afirma que exonerou Torres, por quebra de confiança, uma vez que se encontrava em outro país e que ficou revoltado quando viu cenas de policiais militares “confraternizando com os manifestantes”, e compreendeu com a situação, haver “algum tipo de sabotagem”.

Democrata

Na conclusão do depoimento, Rocha afirmou respeitar as urnas eletrônicas bem como o resultado das eleições. O governador afirmou ainda que não teve contato com Jair Bolsonaro (PL) e “se empenha na criação de uma relação republicana com a presidência da República”.



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