Por Isadora Teixeira
A defesa do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), quer esperar o fim da intervenção federal na área de segurança pública do DF para recorrer do afastamento, determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A intervenção tem fim previsto para 31 de janeiro de 2023. Já o afastamento de Ibaneis tem duração de três meses, mas a defesa pretende recorrer para tentar restabelecer o emedebista no cargo logo no início de fevereiro.
Em nota, a defesa de Ibaneis, realizada pelos advogados Cleber Lopes e Alberto Toron, disse que “o governador, embora inconformado com seu afastamento, compreende que o avanço das investigações vai mostrar que ele não foi omisso em relação aos fatos ocorridos no dia 08 de janeiro”. “Mais do que isso, a defesa acha possível que, sendo encerrada a intervenção federal, seja mais fácil o retorno do governador ao cargo”, declarou.
Na última sexta-feira (13/1), Ibaneis foi ouvido pela Polícia Federal no âmbito da investigação sobre eventual responsabilidade de autoridades na invasão e depredação do Congresso Nacional, STF e Palácio do Planalto.
O emedebista disse à PF que não recebe o planejamento de segurança da Polícia Militar do DF (PMDF). Ele pontuou que recebeu mensagem do ministro da Justiça, Flávio Dino, “relatando preocupação com a chegada de vários ônibus com manifestantes”, no sábado (7/1).
Afirmou ainda que ligou para Anderson Torres, então secretário de Segurança Pública, e soube que ele estava nos Estados Unidos. Segundo o governador afastado, o secretário titular passou o contato do interino, Fernando de Souza Oliveira, que tranquilizou Ibaneis “afirmando haver informes de que os manifestantes estavam chegando pacificamente ao QG do Exército para a manifestação do dia 8/1”.