O Conselho Federal de Enfermagem se reuniu, nesta quarta-feira (07), com a delegada Karen Langkammer, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher de Ceilândia/DF, para definir estratégias para atuação da Enfermagem Forense na saúde do Distrito Federal. A reunião ressaltou a importância da categoria na coleta de provas para evitar a impunidade e para assegurar o primeiro contato às vítimas, com escuta qualificada e humanizada.
“Precisamos somar aos esforços da Polícia Civil no combate ao feminicídio e para qualificar o trabalho do enfermeiro forense, que contribui na busca de vestígios para as vítimas de violência que buscam atendimento nos hospitais”, afirma o coordenador da Comissão Nacional de Enfermagem Forense, Antônio Coutinho.
Primeiros profissionais de saúde a ter contato com as vítimas da violência, os enfermeiros podem oferecer escuta qualificada e humanizada. Com as competências forenses, podem também coletar vestígios, impedindo que evidências se percam pela demora ou preservação inadequada. Isto evita, ainda, a revitimização da pessoa que, fragilizada, precisa repetir a mesma história para diferentes elos da cadeia de investigação.
Situação do DF
Segundo boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP/DF), em 2023 foram contabilizados 12 casos de feminicídio no Distrito Federal. A atuação da Enfermagem na ciência forense é essencial para preservar as evidências técnicas e evitar a revitimização a pessoa que, fragilizada, precisa repetir a mesma história para diferentes elos da cadeia de investigação.
A Enfermagem Forense é regulamentada pela Resolução Cofen 556/2017. Em 2022, foi aprovada a inclusão do enfermeiro no rol de ocupações do Ministério do Trabalho (CBO).