20.5 C
Brasília
24 nov 2024 02:01


MPDFT recomenda que escalas de médicos preceptores e residentes seja compatibilizada

Problemas foram verificados no HRT. A promotoria acredita que possa ser um problema que ocorra em outros hospitais do DF e que compromete a formação dos residentes

A  2ª Promotoria de Defesa da Saúde (Prosus) expediu recomendação à Secretaria de Saúde e à Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) nesta quarta-feira, 21 de junho, com orientações para a elaboração da escala dos médicos preceptores em dias e horários compatíveis com a escala dos residentes. A iniciativa é resultado de vistorias ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e oitivas realizadas com profissionais do hospital pela Prosus, para esclarecimento sobre a ausência dos preceptores em determinados horários nos quais estavam escalados.

Diante dos problemas observados no HRT, como a incompatibilidade para o ensino e a prática, a Prosus quer que as escalas possibilitem o melhor uso do tempo dos residentes com os médicos preceptores, que são aqueles destinados à orientação para a prática e os aspectos educacionais relacionados à área do programa de residência. “É indispensável que haja o efetivo ensinamento e a supervisão dos residentes pelo médico preceptor escalado, facilitando a inserção no ambiente de trabalho e promovendo a articulação entre a teoria e prática profissional”, defende o promotor de Justiça Clayton Germano.

De acordo com os preceptores ouvidos pelo Ministério Público, nos horários destinados à orientação, os residentes da anestesiologia estavam no centro cirúrgico, o que dificulta a realização dos encontros educacionais. A Portaria nº 493/2020 da Secretaria de Saúde, que regulamenta os programas de residência médica da SES e da Fepecs prevê que os preceptores devem reservar quatro horas semanais de sua carga horária de trabalho para atividades específicas de ensino, e que deverão ser promovidas atividades teóricas e práticas. No caso dos anestesiologistas, podem ser realizadas atividades no próprio centro cirúrgico ou em outros locais dependendo do planejamento de aula do preceptor.

Foto: MPDFT

Vistorias

Equipe da 2ª Prosus visitou o HRT nos dias 12, 13 e 14 de junho. Na mesma semana, profissionais do hospital também foram notificados a comparecer no Ministério Público para prestar esclarecimentos. Para o promotor de Justiça, o problema pode estar acontecendo também em outros hospitais onde há programas de residência.

“Além do comprometimento da formação dos novos médicos, uma escala que não funciona também coloca sob suspeita a atuação daqueles que não estão no local no horário determinado, por isso a 2ª Prosus visitou por dias seguidos o HRT e ouviu profissionais do local, a fim de verificar as medidas mais adequadas”, explica o promotor.  “A Promotoria seguirá realizando inspeções para verificar o  regular funcionamento e a estrutura das unidades de saúde do DF, bem como o efetivo cumprimento da carga horária dos profissionais da área médica”, complementa Germano.

Clique aqui para ter acesso ao teor da recomendação.

 

SourceMPDFT

LEIA TAMBÉM

PD nas redes

FãsCurtir
SeguidoresSeguir
SeguidoresSeguir
InscritosInscrever