A situação da KPC é uma farsa, diz Secretário de Saúde sobre a presença da superbactéria em hospitais do DF



A afirmação feita pelo secretário de Saúde, João Batista de Sousa, durante uma reunião com concursados que aguardam nomeação de 17 categorias da Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), em que esteve presente o deputado distrital da base do governo, Júlio César (PRB), o Subsecretário de Gestão Participativa (Sugepar/SES-DF),  Tiago Araújo Coelho de Souza, e a Subsecretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde (Sugetes/SES-DF), Maria Amalia Dorsch Ferreira, na tarde de segunda-feira (6/Jul). Sousa afirmou que estão tentando politizar a questão da presença da Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC) nas unidades de saúde isso por ser um problema mundial e porque outros hospitais também lidam com a superbactéria. Sousa admitiu ainda que o surto maior ocorreu no Hospital de Base de Brasilia (HBDF). O caso ocorre após a morte de cinco pessoas em hospitais da SES-DF.

11694133_10203961650034051_1803982983_n
Secretário de Saúde e deputado distrital Júlio César (PRB) em reunião com concursados que aguardam nomeação.

Ao ser questionado por uma concursada que sugeriu ter, o Hospital Regional de Ceilândia (HRC), a maior incidência da superbactéria, Sousa, na presença do deputado distrital da base do governo, Júlio César (PRB), o Subsecretário de Gestão Participativa (Sugepar/SES-DF),  Tiago Araújo Coelho de Souza, e a Subsecretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde (Sugetes/SES-DF), Maria Amalia Dorsch Ferreira, que participavam da reunião, contrapôs: “O maior surto foi no Base, desde o dia 14. Ceilândia tem uma pessoa que está lá desde setembro do ano passado.”, afirmou.

Sousa observou ainda que lidou com casos no Hospital Universitário de Brasília (HuB) e que hospitais particulares também lidam com o problema, para ‘justificar’ a ‘exploração’ do tema das superbactérias nas unidades da SES-DF. “Gente, Multirresistente está dentro do HuB, que não está faltando nada. Está dentro do Santa Helena, está dentro do Santa Lúcia, está dentro do Sarah Kubtscheck. […] Por incrível que pareça a gente não pode politizar essa questão. Eu sei que essa questão é séria, mas é uma questão que todo mundo está querendo colocar que a Secretaria está pior. No dia que eu recebi o relatório, está lá o Sarah Kubitscheck, está lá o Santa Lucia, Santa Luzia, Santa Helena.”, disse.

Publicidade

A farça da KPC:

Sousa fez uma abordagem da incidência das mortes causadas por superbactérias no mundo, relatou a incidência das superbactérias e citou o HuB, por não faltar recursos: “HUB só no mês de outubro eu tive oito casos ano passado. […]  A vantagem que eu tenho é que eu sou um acadêmico. Um acadêmico não fica falando bobagem. Se for para eu ser igualado aos outros. Esse país investiu para formar doutor. Eu tenho 20 anos de doutor. Já formei quantos doutores. Se eu não souber fazer essa análise, eu serei um ignorante. E eu tenho os que há de melhor para me assessorar que eu vou para a academia discutir com meus colegas. Professor Leopoldo, professor, Gustavo Romero, como é que está essa situação. Então essa situação ela é uma farsa. Não existe esse negócio de KPC. KPC Aqui está igual está no mundo inteiro.”, afirmou.

Ridicularizando Alexandre Garcia

Com a morte de cinco pacientes, em geral idosos, que deram entradas em vários hospitais do DF e a repercussão da mídia que chamou a atenção do Ministério da Saúde (MS) da  Agencia de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e até do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Sousa, durante a reunião, ridiculariza o jornalista e comentarista do  DFTV, Alexandre Garcia por comentário sobre a incidência das superbactérias no DF.

Sobre Garcia, Sousa ironizou: “Outro dia eu ouvi um entendido de medicina falando aí na televisão, o nome dele é Alexandre Garcia, falando assim que o Fleming em 2042 (SIC) acabou com a, acabou com a [?]. Isso é uma ignorância total. […]. Se não tivesse hospital, não tinha infecção hospitalar. O lugar que mais morre gente é dentro de um hospital, o lugar que mais tem infecção é dentro de um hospital. Até porque hospital é um lugar que entra gente doente.”, satirizou ao sugerir que os concursados não usassem as superbactérias como justificativa para pedirem a contratação: “Agora, tudo bem vocês precisam ser contratados, mas não vamos usar a KPC para contratar vocês não.”, concluiu.

Procedimentos de isolamento

A julgar pelo conhecimento de causa de Sousa, será que é por esse motivo que os hospitais, aparentemente, não estão tão preocupados em seguir os procedimentos de isolamento de pacientes colonizados com a KPC ou outras superbactérias que preocupavam a SES-DF e outros órgãos do governo federal e da Judiciário? Isso a exemplo da denúncia apresentada ao blog Política Distrital , por servidor do Hospital Regional de Planaltina (HRP) (3/Jul)?



Política Distrital nas redes sociais? Curta e Siga em:
YouTube | Instagram | Facebook | Twitter










Artigo anteriorDF e estados da região central se reúnem para enfrentar a crise
Próximo artigoConcursados cobram nomeação do secretário de Saúde e ouvem lamentações