Abril Laranja conscientiza contra risco de reincidência de amputação

Evento realizado no Hospital de Base orientou pacientes sobre cuidados pós-operatórios e adaptações no lar



O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) promoveu, nesta quinta-feira (26), o evento Abril Laranja: mês de conscientização da amputação, com o objetivo de conscientizar quanto à possibilidade de reincidência da amputação e a importância de manter hábitos saudáveis de vida.

Profissionais de saúde alertaram para os cuidados com a pele e feridas no paciente amputado, as funcionalidades pós-amputação, adaptações no lar e atividades de vida diária pós-amputação. “Amputação causada pela diabetes ou decorrente de traumas e infecções são comuns, por isso, é necessário ressaltar a alta reincidência de amputação e os cuidados para evitá-la”, explicou a enfermeira de estomaterapia do Hospital de Base, Alexandra Isabel de Amorim Lima.

“A campanha Abril Laranja é uma realização da Associação Brasileira de Ortopedia Técnica [Abotec] para conscientização e prevenção das causas decorrentes da amputação, e eu me inspirei neles para organizar este encontro”, explicou a fisioterapeuta da reabilitação de amputados e do HBDF, Ronara Mangaravite. “Neste ano, o enfoque foi a prevenção de uma nova amputação.”

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A insegurança e a dificuldade em seguir em frente afetaram a vida da paciente Maria das Graças Rodrigues, 52, vítima de acidente de trânsito. “O pensamento na época era de desistência, mas, em meio às tribulações, encontrei forças para prosseguir e lutar até o fim”, ressaltou. Para ela, participar do evento foi gratificante. “Nos sentimos mais vistos e acolhidos”, complementou.

Para a estudante de fisioterapia da Universidade de Brasília (UnB) Yandra Júlia Silva Rocha, além da importância de conscientizar para que não haja outra amputação, o evento aproxima os colaboradores dos pacientes. “Este tipo de encontro transmite informações primordiais sobre o cuidado do paciente com a própria saúde e é um momento para acolhê-los e dar toda a atenção necessária”, disse.

Já a terapeuta ocupacional Giovanna Braga, do HBDF, comentou sobre o medo da dependência funcional enfrentado por muitos pacientes amputados: “A perda de um membro pode gerar uma série de problemas psicológicos. O nosso objetivo é ganhar vidas e estamos aqui para ajudá-los ao máximo na reabilitação”.

Giovana aproveitou para dar uma mensagem de apoio aos pacientes: “Vocês estão sendo cuidados. Pensem no antes e no agora, até onde avançaram. Os progressos precisam ser relembrados”.



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FONTEAgência Brasília
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