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13 jan 2025 00:48

Ações simples garantem proteção em casa contra pragas urbanas e animais peçonhentos

Segundo a Secretaria de Saúde do DF, medidas como a vedação de ambientes contra insetos e atenção na limpeza podem ajudar a evitar a presença de bichos indesejáveis, que pode aumentar durante as chuvas e com as altas temperaturas do verão

Por Jak Spies

Com a chegada do verão, a alta temperatura e as chuvas da época podem ser fatores de influência na proliferação de pragas urbanas nas residências. Pernilongos, formigas, cupins e baratas se tornam mais ativos e propensos a aparecer nas áreas residenciais em busca de alimento. Para ajudar a população, a Agência Brasília separou algumas orientações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) que contribuem para a criação de um ambiente mais seguro e saudável nas comunidades.

Os chamados animais sinantrópicos, que são animais silvestres que se adaptaram a viver em ambientes urbanos e junto ao homem, podem gerar desconforto na população pelo fato de algumas espécies como mosquitos, pulgas, pombos, ratos e morcegos serem transmissores de doenças – enquanto outras, como escorpiões, formigas, abelhas, vespas e aranhas, possuem veneno e podem causar desde reações alérgicas até acidentes graves.

Manter quintais, jardins, sótãos, garagens e depósitos livres de materiais como folhas secas e entulho é importante, pois esses locais podem se tornar abrigos de espécies como escorpiões | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

De acordo com a bióloga da Gerência de Vigilância Ambiental de Vetores e Animais Peçonhentos e Ações de Campo, Vilma Ramos Feitosa, o principal ponto de ação para afastar os animais é dentro das residências, com uma inspeção sendo realizada. Os bichos costumam vir de um ambiente externo, como tubulações, ralos e esgoto, tendo preferência por lugares mais escuros. Os animais também podem fugir de alagamentos causados pelo entupimento de galerias, indo parar acidentalmente nas casas mais próximas.

Por isso, uma condição fundamental é criar uma barreira física para impedir a entrada dos insetos. “É uma solução menos tóxica que os produtos químicos, com medidas simples que precisam ser incorporadas para reduzir a possibilidade desses encontros indesejados. Mas, em situações de risco maior, a Saúde deve ser acionada”, alertou a profissional. A representante da Diretoria de Vigilância Ambiental também ressaltou que o setor faz o trabalho de mapear e intervir onde há descontrole dessas populações, recebendo denúncias para investigar de onde os animais estão vindo.

Entre as espécies que são mais incidentes nesta época do ano estão os mosquitos urbanos, além dos barbeiros, que aparecem com mais frequência no início das chuvas

Cuidados e proteção

Entre as espécies que são mais incidentes nesta época do ano estão os mosquitos urbanos, além dos barbeiros, que aparecem com mais frequência no início das chuvas. Para evitar que as residências se tornem um ambiente favorável a esses animais, há medidas preventivas como acondicionar o lixo de maneira adequada em sacos plásticos e dentro de latas bem fechadas e limpas, assim como manter fornos, armários, despensas, eletrodomésticos e outros locais de difícil acesso sempre limpos, eliminando restos alimentares e gordura acumulada. Além disso, açúcares e alimentos devem ser armazenados em potes bem vedados.

Manter quintais, jardins, sótãos, garagens e depósitos livres de materiais como folhas secas, lixo, entulho, telhas e madeiras também é importante, pois esses locais podem se tornar abrigos de diversas espécies. Ao manusear esses materiais, é importante utilizar luvas de raspa de couro e calçados, visto que escorpiões e aranhas podem estar presentes. Outro cuidado é vedar todos os acessos e conectores ao interior da casa, como ralos, tomadas, caixas de esgoto e de telefone, além de garantir que portas e janelas estejam bem fechadas ou com telas.

Por fim, é fundamental verificar se há buracos ou espaços na estrutura da residência, especialmente no telhado, que possam servir de abrigo para pombos, morcegos ou outros animais sinantrópicos. Se encontrado algum desses pontos, deve-se providenciar o fechamento imediato para evitar que adentrem a casa.

Arte: Fábio Nascimento/Agência Brasília

Atuação e denúncias

Vigilância Ambiental em Saúde desempenha um papel fundamental no monitoramento de vetores que transmitem doenças, hospedeiros e animais peçonhentos que podem causar acidentes ao inocular veneno nas pessoas. Esse monitoramento é realizado ativamente em domicílios e áreas próximas aos locais onde as espécies foram observadas. Os agentes realizam varreduras nas regiões administrativas, monitorando, por exemplo, as larvas de insetos nos imóveis, sem a necessidade de solicitação prévia.

O órgão também é responsável por programas específicos, como controle de mosquitos, carrapatos, barbeiros (transmissores da doença de Chagas), vacinação de cães e gatos contra a raiva, desratização e controle de morcegos, além de orientações sobre pombos. Cada um desses programas envolve um conjunto de atividades, que englobam desde a aplicação de produtos químicos ou biológicos, até a orientação aos moradores e a inspeção de residências, participando também de investigações de casos de doenças transmitidas por esses animais sinantrópicos.

O agente de vigilância ambiental em saúde, Anderson de Moraes, reforçou ser importante que a população deixe os agente que fazem as visitas periódicas entrem nas casas para realizar o trabalho preventivo. “Eles sempre vão estar uniformizados e identificados. Muitas vezes erros como acúmulos de materiais e frestas que propiciam a infestação desses animais passam despercebidos, então a visão técnica ajuda e protege a população de maiores riscos à saúde”.

As demandas da população chegam por meio de diversos canais, como Ouvidoria (162), telefone (Disque-Saúde no 160), e-mail ([email protected]) e atendimento pessoal. A Gerência de Vetores e Animais Peçonhentos está disponível para recolher denúncias por meio do telefone (61) 3349-4428.

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