Adolescente de 13 anos morre após ser agressão na escola e passar uma semana sem atendimento médico adequado em UPA

Após agressão em escola de Praia Grande, no litoral paulista, estudante deixou de receber atendimento adequado em UPA e teve estado de saúde agravada. Caso é investigado pela Polícia Civil de SP



Por Kleber Karpov

O adolescente, Carlos Gomes Nazarra Teixeira, de 13 anos, morreu na quarta-feira (17/Abr), vítima de agressões por colegas de classe da Escola Estadual Júlio Pardo Colto, no bairro Vila Mirim, em Praia Grande, litoral paulista. Não bastasse o bullying na escola, a falta de atendimento médico adequado, uma vez que Teixeira manifestava dor ao respirar, acabou por terminar em morte.

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Segundo o pai do adolescente, Carlos Julisses Fleming, 42 anos, que registrou relatos de Teixeira, em vídeos, o filho foi agredido em 9 de abril, por dois colegas de classe que haviam pulado nas costas do menino. E, desde a criança se queixava de fortes dores e dificuldades para respirar.  Em segundo registro, as imagens mostram o estado de saúde do rapaz mais crítico. 

Fleming conta que o filho foi levado por três vezes a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Praia Grande, porém, após ser medicado o adolescente era liberado para voltar para casa. Com a intensidade das dores, o pai o levou em outra UPA, Central Santos, onde foi internado e entubado. Na terça-feira (16/Abr), o jovem foi transferido para a Santa Casa de Santos, porém, sofreu três paradas cardíacas e acabou por ir a óbito.

Bullying

Segundo Fleming, a agressão ao filho era recorrente na escola, em que com frequência era vítima de bullying. Caso esse que a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), por meio de nota afirma que “lamenta profundamente o falecimento do estudante. A Diretoria de Ensino de São Vicente instaurou uma apuração preliminar interna do caso e colabora com as autoridades nas investigações.”.

A Santa Casa de Santos confirmou o atendimento a Teixeira, mas se reservou a deixar de fornecer mais informações sobre o paciente em atenção à Lei de Proteção de Dados.

Investigação

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo por sua vez aponta que a Polícia Civil de São Paulo (PCSP) está a investigar o ocorrência e solicitou a realização de um exame necroscópico para apurar a ‘causa mortis’, até então registrada como ‘morte suspeita’.

 

 

 



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