Paralisações, falta de medicamentos, aumento de violência, creches fechando por falta de alimentos, transporte parando… o verdadeiro legado petista para o DF.
A crise financeira da gestão de Agnelo Queiroz (PT) coloca o DF em estado de alerta. Atrasos de pagamentos de servidores públicos e de prestadores de serviços causam suspensões de serviços e paralisações de trabalhadores em toda a capital do país.
O caos está instalado no transporte urbano prejudicando a população mas em especial alunos que tiveram que fazer prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e agora atrapalha estudantes da rede pública que farão prova do Processo de Avaliação Seriada (PAS).
Na saúde os servidores, pacientes e os acompanhantes convivem frequentemente com suspensões de alimentos nas unidades hospitalares. As horas extras, recurso utilizado pelo GDF para tentar garantir a manutenção de médicos e demais servidores nas unidades de saúde, estão proibidas, o que deixa a população a mercê da sorte. Viaturas do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) são encostadas por falta de manutenção e reposição de peças. A falta de remédios e insumos hospitalares começa a esvaziar leitos de Unidades de Terapia Intensivas (UTIs) e compromete até o atendimento ambulatorial.
Na educação creches começam a parar de receber alunos por falta de alimentos. Na segurança viaturas chegaram a parar de circular no DF, por falta de combustíveis. Pessoas começam a reclamar de problemas no atendimento do serviço de atendimento telefônico 190. Crimes a exemplo do roubo ou furto de veículos extrapolam a faixa da sazonalidade esperada para o período de fim de ano. Os lixos deixaram de serem recolhidos em várias regiões administrativas, os buracos começam a brotar em meio aos asfaltos que não recebem mais manutenção.
Essa semana somam as paralisações dos rodoviários, os profissionais da educação, da saúde e até de vigilantes de empresas prestadoras de serviços por atraso de salários.
Tudo isso reflexo da falta de recurso ocasionada por déficit nas contas públicas que pode ultrapassar R$ 3 bilhões, segundo levantamento do Tribunal de Contas do Distrito Federal bem como da equipe de transição do governador eleito, Rodrigo Rollemberg. Não por um acaso, o grande legado de Agnelo teve um custo estimado equivalente ao tamanho do rombo que Agnelo deu de presente de fim de ano à população do DF.
Enfim, Agnelo começou o mandato descumprindo a principal promessa de assumir a Secretaria de Estado de Saúde do DF pessoalmente para resolver o problema da saúde. E termina a gestão em ponto de colocar o Distrito Federal em estado de emergência.
Em se tratando de volta para casa do tipo desastrosa, o ex-deputado distrital, Cabo Patrício, então, Patrício, depois de um mandato polêmico em que perdeu o apoio da categoria que o elegeu, volta para casa como 1º Sargento. E Agnelo que não só perdeu o apoio dos profissionais da saúde e de todas as categorias de servidores públicos, que conseguiu a proeza de conseguir a repulsa de toda população não comissionada do DF, como volta?
Fim de ano, fim de mandato… À população do DF resta tentar sobreviver até Janeiro na esperança de que a gestão de Rodrigo Rollemberg possa resgatar o DF e faça uma boa gestão. Pois na de Agnelo, ficou o legado do célebre provérbio inglês: “Não há nada tão ruim que não possa piorar”.