Por Kleber Karpov
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após ouvir por três horas, o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, decidiu manter a validade do acordo de delação premiada do ex-ajudante de ordens do ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL/RJ). A notícia foi adiantada pela defesa de Cid, o advogado Cezar Bitencourt. “Tudo bem, foi tudo mantido como antes.”, disse na saída do prédio do STF.
Em entrevista à imprensa, Bitencourt, disse que praticamente não houveram perguntas a Cid, “Houve praticamente uma troca de impressões”, disse ao ponderar que não acredita que o Supremo tenha suspenso o acordo de delação, por estar a cumprir o acordo da homologação.
Em posição do STF, Moraes considerou que o colaborador esclareceu as omissões e contradições apontadas pela Polícia Federal. Assim, as informações apresentadas por Mauro Cid na colaboração seguem sob apuração das autoridades competentes.
Delação
Em 2023, o tenente-coronel celebrou o acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal, homologada por Moraes. Com a deflagração da operação Contragolpe por parte da PF, que resultou na prisão de quatro militares e um agente da Polícia Federal, por atuarem em um plano para matar autoridades, a PF apontou omissões e contradições no depoimento prestado por Cid no mesmo dia. Isso porque a descoberta do plano se deu a partir de conversas encontradas no celular do colaborador.