Por Kleber Karpov
A Associação Médica Brasileira (AMB) divulgou, nesta terça-feira (23), boletim em que condena, entre outros pontos, o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra o coronavírus (Covid-19). Novo posicionamento ocorre, em oposição ao anterior, de julho de 2020, ocasião em que a AMB defendeu a “autonomia do médico” ao receitar os medicamentos, em convergência com posição do Conselho Federal de Medicina (CFM)(Abr/20).
“Reafirmamos que, infelizmente, medicações como hidroxicloroquina/cloroquina, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina e colchicina, entre outras drogas, não possuem eficácia científica comprovada de benefício no tratamento ou prevenção da COVID-19, quer seja na prevenção, na fase inicial ou nas fases avançadas dessa doença, sendo que, portanto, a utilização desses fármacos deve ser banida”, diz o novo texto da AMB.
No boletim, de 6 páginas, a AMB observou que o Brasil, contabiliza 25% de todos os óbitos relacionados ao Covid-19 no mundo, no período de 15 a 21 de março de 2021. A AMB lamentou ainda que o país venha a alcançar 300 mil mortes pelo coronavírus.
“O Brasil soma 25% das mortes mundiais por Covid-19, no período de 15 a 21 de março de 2021. No planeta, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), houve 60,2 mil óbitos, dos quais 15,6 mil em nosso país. Ainda nessa semana, atingiremos outra triste marca: chegaremos a 300 mil mortes, com a agravante de atravessarmos um quadro de curva ascendente.”.
A entidade ponderou ainda a falta de medicamentos para intubação e o impacto das Fake News, como agentes causadores de desinformação da população. No Boletim a AMB apresentou uma série de “orientações aos pacientes de todo o Brasil, em particular sobre a importância da prevenção, para esclarecimentos sobre condutas aos médicos”.
Confira o boletim na íntegra