Após Rollemberg provocar e recuar sobre parcelamento de salários, sindicalistas reagem e se articulam



Após considerarem anúncio de parcelamento como ‘termômetro’ à reação dos trabalhadores, sindicalistas se preparam para possível guerra

Por Kleber Karpov

Na última semana um jornal local publicou nota sobre um possível parcelamento de salários dos servidores públicos do DF e a reação foi imediata. Embora o GDF tenha negado tal possibilidade, entidades sindicais se reuniram, na segunda-feira (31/Jul), e prometem oferecer resistência e essa e outras arbitrariedades do governo.

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A reunião ocorreu na sede do Sindicato dos Professores do DF (SINPRO-DF). No cardápio, entre outros petiscos, estratégias e ações, em conjunto, contra eventual parcelamento de salários, o combate aos ataques ao funcionalismo público, sobretudo às perseguições por parte do governo e retiradas de direitos dos trabalhadores.

Nesse contexto, as 32 Leis de incorporações de gratificações do funcionalismo público, o Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (IPREV), avaliação de desempenho, licença-prêmio, auxilio alimentação, Lei de Responsabilidade Fiscal (RLF), Fundo Constitucional do DF (FCDF) e congelamento de salários fizeram parte da refeição e as entidades devem partir para o ataque.

A presidente do Sindicato dos Professores do DF (SINPRO-DF), Rosilene Corrêa, abordou a necessidade conscientizar a sociedade sobre os impactos na população, em relação a desvalorização dos servidores públicos. A sindicalista também criticou as notícias que sugerem parcelamento de salário por parte do GDF.

“Diante do quadro em que vive o país e o Distrito Federal desde o dia 1° de janeiro de 2015, os Sindicatos que nunca abriram mão da luta estão unidos nesse enfrentamento, pois é inaceitável qualquer tipo de prejuízo ainda maior para as categorias, como, por exemplo, essas notícias que circularam de um possível parcelamento dos salários.”, disse Rosilene Corrêa, em matéria publicada pelo SINPRO-DF.

Ao Política Distrital (PD), Jorge Vianna, vice-presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF (SINDATE-DF) explicou que é obrigação do governo manter o pagamento das contas, em dia.

“O governador Rodrigo Rollemberg se elegeu sobre o discurso da transparência, da legalidade e culpando o governo anterior de não saber gerir os recursos públicos ao anunciar a falta de gestão do governo Agnelo. Depois de eleito, ele mostrou que pode ser pior que a gestão anterior, no primeiro dia de governo, mentiu à população do DF falando que tinha apenas R$ 64 mil nos cofres públicos, quando havia mais de um milhão. Paga supersalários de um lado, inclusive para familiares, mas vive dizendo que não tem dinheiro. É só lembrar que na semana passada o Ministério Público entrou com ação contra o secretário de saúde [Humberto Lucena Pereira da Fonseca] que deixou cortar o serviço de telefonia e, estamos sem telefone até hoje, e o MP está dizendo que havia dinheiro. Ou seja, não há transparência, não há legalidade pois o governo comete uma série de crimes, se apropria dos nossos recursos, ignora determinações da justiça e a falta de gestão é visível em todas as áreas do governo. Então não podemos e não vamos aceitar essa história de parcelamento de salários. Nós servidores estamos fazendo a nossa parte, mesmo na total falta de estrutura e condições de trabalho, cabe ao senhor governador, fazer a parte dele e pagar os seus colaboradores.”, disse ao observar que se houver parcelamento, “certamente a nossa resposta, dos servidores e dos sindicatos será imediata.”, afirmou.

Estiveram reunidos representantes dos sindicatos dos Professores do DF (SINPRO-DF), dos Médicos do DF (SINDMÉDICO-DF), dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF (SINDATE-DF), dos Técnicos em Laboratório do DF (SINTRALAB-DF),   dos Agentes de Atividades Penitenciárias do Distrito Federal (SINDPEN-DF), dos Servidores do Detran-DF (SINDETRAN-DF), dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, Autarquias, Fundações e Tribunal de Contas do Distrito Federal (SINDIRETA-DF), dos Trabalhadores em Escolas Públicas (SAE-DF), Sindicato dos Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde e Agentes Comunitários de Saúde do DF (SINDIVACS-DF). Técnicos e Auxiliares em Radiologia do DF (SINTTAR-DF).



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