Após serem chamados de marajás por jornal, servidores da Saúde mostram as condições em que trabalham
Os servidores públicos do DF passaram a fazer uma demonstração pública das péssimas condições em que trabalham, por meio das redes sociais e grupos do aplicativo Whatsapp. Isso ocorre após a paralisação dos servidores públicos do DF realizada na praça do Buriti (24/Set), contra a suspensão dos pagamentos dos reajustes de cerca de 130 mil servidores públicos do DF e da publicação de matéria do Jornal Comunidade (25/Set), intitulada Marajás param a cidade.
A matéria sugere que os servidores querem piorar o caos do DF ao realizarem a manifestação pedindo, entre outras coisas, reajuste salarial. A publicação despertou a reação em entidades sindicais que publicaram notas de repúdio contra o jornal e de servidores que satirizam o Jornal, com imagens dos ambientes de trabalho.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, Autarquias, Fundações e Tribunal de Contas do DF (Sindireta-DF), questiona: “A quem interessa a desmoralização do serviço público? A quem interessa a degradação do Estado e sua memória? Grandes empresas que tiveram lucros absurdos com terceirizações não foram lembradas como sumidouros do erário. Inúmeros casos de corrupção foram denunciados e sinalizaram verdadeiros ralos do dinheiro público.”.
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Em desabafo na rede social, Facebook, o vice-presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem (Sindate-DF), Jorge Vianna, também se manifestou: ” Em um determinado momento na minha vida, época difícil na faculdade, ganhei um presente, um livro da professora e escritora, hoje, chefe da redação do Correio Braziliense, Sra. Dad Squarisi, intitulado Dicas da Dad. Nesse livro Dad ensina aos jornalistas e redatores escreverem matérias e, principalmente, criar títulos de matérias que chamem a atenção do leitor. Bem, este é o caso. O jornalista chamou atenção dos leitores ao escrever “Marajás do GDF param a cidade”. De certa forma a matéria do Jornal da Comunidade atingiu o objetivo, porém, foi muito infeliz. Mais que isso, foi injusto com essa classe trabalhadora que presta seus serviços, mesmo sem condições de trabalho, e fomenta o comércio dessa cidade. Não com seus altos salários, mas por serem uma parte significativa de trabalhadores na capital. ”
Confira algumas imagens das condições de trabalho dos ‘marajás’ da Saúde do DF