“Aqueles que tiverem culpa, se tiverem, sejam punidos”, disse Ibaneis Rocha sobre investigação de possível esquema de corrupção no IGESDF

Rocha conta com celeridade das investigações. PCDF investiga possível prática de crimes de corrupção passiva , corrupção ativa , organização criminosa e lavagem de capitais que somados podem chegar até 30 anos de prisão



Por Kleber Karpov

O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), comentou, na quarta-feira (28/Ago), a investigação da Polícia Civil do DF (PCDF), em conjunto com a promotoria do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), deflagrarem a ‘Operação Escudero’, para investigar possível esquema de corrupção que liga os gestores e a empresa Salutar, no fornecimento de alimentação hospitalar às  unidades de saúde sob gestão do IGESDF. Rocha apontou que as instituições estão a atuar institucionalmente, além de contar com a celeridade das investigações e punição a eventuais culpados.

“A polícia está fazendo seu trabalho, o Ministério Público também vai fazer o dele”, disse Rocha ao ponderar que “Esperamos que eles possam fazer uma investigação o mais rápido possível e que aqueles que tiverem culpa, se tiverem, sejam punidos”, disse Rocha, ao ser questionado, na cerimônia de divulgação dos 78 novos ônibus a serem integrados, nos próximos dias, à frota do transporte público do DF.

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Investigação

A investigação da PCDF, iniciada em abril de 2023, aponta elementos de um  possível esquema de corrupção que liga os gestores do IGESDF com a empresa Salutar, fornecedora de alimentação hospitalar a pacientes nas 16 unidades de saúde sob gestão do IGESDF.

“No curso da investigação, foram observados vários elementos de que o serviço é prestado de forma precária, dada a falta de insumos, atrasos nas entregas e carência de equipamentos adequados à produção de alimentos, ocasionando diversos transtornos ao plano nutricional dos enfermos, dificultando, assim, a plena recuperação dos pacientes.”, aponta a PCDF.

Ainda de acordo com a PCDF, “As diligências apontaram fortes evidências que indicam o direcionamento contratual, favorecimento indevido da empresa prestadora do serviço, que, mesmo diante das inúmeras falhas verificadas, teve o contrato renovado e seus pedidos de aumento dos valores repassados pelo IGESDF atendidos.”. Isso, em decorrência de “sólidos indícios de que esse alinhamento entre os empresários e gestores do IGESDF”, que se de “por conta de recebimentos de vantagens indevidas, a título de propina, para servidores públicos”.

Os mandados de busca e apreensão em cumprimento ocorrem em endereços vinculados ao núcleo empresarial da empresa prestadora dos serviços e a servidores do IGESDF, além da própria sede do Instituto. As diligências foram realizadas no Distrito Federal e em Goiânia/GO e Macapá/AP. A operação envolveu cerca de cem policiais do Departamento de Combate à Corrupção da Polícia Civil do Distrito Federal (DECOR/PCDF), com apoio operacional, na deflagração, de policiais lotados no Departamento de Polícia Especializada (DPE), bem como da Polícia Civil do Amapá e da Polícia Civil de Goiás.

De acordo com a PCDF, os suspeitos podem responder pelos crimes de corrupção passiva (art. 317 do CPB), corrupção ativa (art. 333 do CPB), organização criminosa (art. 2º da Lei 12.850/13) e lavagem de capitais (art. 1° da Lei 9613/98), e caso condenados podem pegar até 30 (trinta) anos de prisão.

Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.


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