Artistas de Planaltina se mobilizam para garantir andamento de obras do complexo cultural



Temor da comunidade é que a obra seja abandonada como ocorreu no caso da Vila Olímpica

Por Renato Souza

Após o Governo de Brasília (GDF) dar início a construção do Complexo Cultural de Planaltina, os artistas da cidade resolveram se mobilizar para garantir o andamento das obras. Temendo um atraso como o que ocorre nas obras da Vila Olímpica, que já dura quase uma década, atores, dançarinos, cantores e demais artistas resolveram realizar um evento mensal para chamar atenção para a importância do espaço.

A comunidade ainda pressiona o governo  para que seja feita uma outra licitação, a fim de que sejam  adquiridos itens para a estrutura do complexo que não foram contemplados no primeiro edital. “A primeira licitação não contempla a compra de poltronas e de iluminação do complexo. Esses itens são fundamentais para as apresentações. Queremos não só que as obras já iniciadas sigam até o fim, mas também que sejam adquiridos os equipamentos da estrutura interna do espaço”, afirma o diretor artístico Renato Telles.

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Uma vez por mês, a comunidade vai se reunir no projeto “Ocupação”, criado pelo grupo União de Forças – Um Complexo em Movimento, para que os agentes culturais de Planaltina expressem sua arte no local onde ocorrem às obras, ao lado da Administração Regional de Planaltina, no Centro Administrativo da cidade. A ideia é quem a comunidade possa acompanhar apresentações de música, dança, teatro e declamação de poemas. Com isso, os envolvidos mostram ao governo que estão atentos ao andamento das obras e não aceitam atrasos ou paralisações no andamento da construção do complexo. O próximo evento ocorre neste sábado (07), a partir das 8h30, onde os tapumes que cercam as obras serão revestidos com grafite.

O complexo

Desde os anos 90, os artistas da cidade mais antiga do DF e conhecida pela força de suas tradições, reivindicam um espaço para que as atividades culturais da cidade possam ser apresentadas para a população. Atualmente, a região conta apenas com um auditório precário no prédio da administração da cidade para apresentações artísticas em local público.

O complexo em construção terá auditório para 350 pessoas, teatro de arena, salas de aula e um hall de exposições – tudo em um espaço de 1.220 metros quadrados. Ainda não foi definido um nome para o complexo.



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