As palhaçadas de Dilma e as manifestações



No Domingo (15/Mar) o povo brasileiro presenciou um dos maiores atos de mobilização já ocorrido no país. E isso preocupou o governo Dilma, a ponto da Presidente convocar a equipe de gestão de crise para analisar o panorama e dar uma resposta à sociedade.

Talvez por aguardar uma mobilização que considerariam pífia, estimada em 100 mil pessoas, a exemplo da que ocorreu em apoio a Dilma, o povo brasileiro deixou Dilma mais encurralada no mar de insatisfação que assola o país. Isso porque a resposta da população pode tranquilamente ter ultrapassado 2 milhões de pessoas.

Armada dos principais assessores, Dilma deu uma resposta à população. No entanto essa resposta em vez de acalmar os ânimos do povo, pode incitá-los a novas manifestações. Dilma deu uma demonstração clara de incapacidade de ouvir as vozes que ecoaram em todos os estados brasileiros, inclusive nos redutos eleitorais petistas, ao classifica-los como não sendo eleitores da Presidente, como se o manifesto fosse um ato eleitoral , além de sugerir o golpe do povo brasileiro em torno de um terceiro turno das disputas presidenciais.

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Ao enviar ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, as reações da opinião pública e do meio político são convergentes: desarticulados, despreparados e míopes em relação ao movimento.  Das muitas críticas percebidas, duas chamam a atenção. A do ex-presidente do Supremo Tribunal de Federal (STF), Joaquim Barbosa, que foi enfático ao declarar nas redes sociais que Rousseff deveria ter falado diretamente à população e não ter mandado emissários. A outra o Política Distrital é um artigo do senador, Cristovam Buarque(PDT-DF),  que o reproduz nessa matéria.

O que diz Cristovam Buarque

A insistência da Dilma em permanecer no marketing de um terceiro turno pode levar o Brasil a perder o rumo. 

É uma pena que mais uma vez a Presidente Dilma tenha deixado de entender o recado das ruas e continue olhando para as urnas, prisioneira do discurso de seus marqueteiros, como se estivesse em um terceiro turno, no lugar de governar. Seus ministros insistiram em dizer que o milhão de manifestantes em São Paulo e muitos milhares em outras partes eram apenas os eleitores do Aécio Neves em 2014. Não reconhece o descontentamento mesmo de seus eleitores com a radical mudança de seu discurso. O povo sente-se ludibriado, especialmente muitos dos eleitores dela. Ela e os ministros não reconhecem que a inflação está pesando no bolso, que o dólar está aumentando o preço das coisas, que o FIES não está funcionando, que apesar de um dia dizer que o slogan de seu governo é “pátria educadora”, um mês depois corta sete bilhões do orçamento da educação, que recebeu apoio formal de 52 reitores e deixa as universidades sem dinheiro para os gastos mais essenciais…..

É uma pena que a presidente e aqueles que a cercam digam que as manifestações são a tentativa de um terceiro turno e ela continue no marqueting (Sic) como se tudo não passasse de um terceiro turno; no lugar de entenderem a gravidade da situação e darem o encaminhamento necessário para uma reorientação de rumo no governo.

Para isso, seria preciso fazer o que ela nem o PT aceitam, um ‘mea culpa’ dos erros cometidos nos quatro anos de seu primeiro mandato, nas falsidades que seu marqueteiro lhe obrigou dizer; e chamar a todos para juntos encontrarmos um caminho para o Brasil, porque a culpa é de seu governo no primeiro mandato, mas o problema é nosso que estamos apenas começando o novo mandato para o qual ela foi eleita.”.

Ao governo um nariz de palhaço

Essa não é a primeira vez que Dilma tem esse tipo de comportamento perante uma manifestação dessa natureza. Em 2013, Dilma presenteou a sociedade brasileira com o programa ‘Mais Médicos’, que até hoje gerou mais questionamentos que efeitos práticos pois as pessoas continuam tendo uma péssima assistência da saúde pública pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Mas nesse processo de aprendizados, o governo faz o povo de palhaço, mas as vezes têm que vestir a carapuça. Quem sabe assim Dilma e sua equipe possam sentir na pele o drama que fez os eleitores e o restante da população transformem os discursos e desculpas retóricas em de fato atender as demandas de toda a população brasileira. Não podem argumentar que a massa não se pronunciou. As reivindicações vão muito além de um pacote anti-corrupção. Cabe ao governo dar ouvido e agir a partir do que foi de fato demandado. Doa em quem doer. Inclusive no próprio governo.

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Com informações do Facebook de Senador Cristovam Buarque



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