Por Kleber Karpov
Em assembleia geral realizada na manhã de terça-feira (11/Jun), pelo Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF (Sindate-DF), em frente a Câmara Legislativa do DF (CLDF), a categoria aprovou de deflagração de greve geral da categoria, com início na segunda-feira (17/jun). O movimento paredista, tem como principais pautas de reivindicações estão a reestruturação de carreira e a equiparação salarial de 70% em relação aos salários pagos aos enfermeiros, previsto na lei do piso salarial da Enfermagem.
Durante a assembleia, o deputado distrital, Jorge Vianna (PSD), egresso da categoria de técnicos em Enfermagem, lembrou que a categoria tem o pior salário praticado por parte do GDF. “De todos os níveis médios das carreiras do GDF, o nosso é o pior, chegando a 49% do inicial do salário do enfermeiro.”, disse.
O parlamentar lembrou ainda que, atualmente, a categoria acumula mais responsabilidades que no passado. “Se antigamente o técnico em Enfermagem dava só banho no leito e fazia medicação, hoje não. Hoje o técnico em Enfermagem está muito mais especializado, substitui enfermeiro em muitas ações. Como a gente continua ganhando esse salário miserável, essa proporcionalidade discriminatória e preconceituosa.”, desabafou Vianna ao pedir o reconhecimento à cagegoria.
Sem acordo
Uma comissão foi recebida no GDF pelo secretário de Economia, Ney Ferraz, porém, segundo a diretora do Sindate-DF, Josyane Jacob, encontro esse, sem proposta por parte do governo.
Na mesma linha, Vianna também ressaltou que ao deflagrar a greve, a categoria levou em conta, a falta de proposta por parte do governo à categoria. “Não houve um acordo com o governo, que alega haver um impacto financeiro grande e com isso não há como negociar com a categoria.”, explicou.
Nova assembleia
Segundo a direção do Sindate-DF, a categoria deve realizar nova assembleia na quarta-feira (19/Jun), ocasião em que os auxiliares e técnicos devem decidir sobre a manutenção do movimento paredista.
Greve em outras categorias
Além dos auxiliares e técnicos em enfermagem, o GDF enfrenta ainda, a greve dos vigilantes das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), iniciada na terça-feira (11/Jun). Os trabalhadores, funcionários da empresa Ipanema, reclama em sucessivos atrasos nos pagamentos de salários além de estarem sem o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) há 11 meses.
Outra categoria que pode decretar greve são os profissionais da Procuradoria-Geral do DF (PGDF). Caso esse, lembrado pelo deputado distrital, Pastor Daniel de Castro (PP). “Um dia de paralisação da PGDF representa menos R$ 7 milhões de arrecadação, sendo que a recomposição da carreira requer R$ 3 milhões ao ano”, pontuou.