O biomédico é o profissional responsável por realizar exames que possibilitam a identificação, classificação e o estudo dos microrganismos causadores de enfermidades, desenvolvendo medicamentos e produzindo vacinas para combatê-las. Levando em consideração a importância da atividade para a sociedade, especialmente nas atividades laboratoriais, 40 servidores da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) foram homenageados pelo Dia do Biomédico, celebrado em 20 de novembro, em solenidade na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), na terça-feira (21).
Representando a secretária da Saúde, Lucilene Florêncio, o biomédico do Hospital Regional de Samambaia (HRSAM) Samuel Araújo Júnior destacou que desde o ingresso dos profissionais na SES as entregas duplicaram. “A entrada do biomédico na secretaria levou a uma grande revolução nos serviços de diagnóstico da rede. Em 2018, foram feitos cerca de sete milhões de exames. Estamos finalizando este ano com quase 14 milhões”, destacou.
“Fizemos uma remodelação do serviço de diagnóstico, implantamos as centrais de exames laboratoriais que antes eram feitos em ambiente hospitalar. Isso desafogou os laboratórios hospitalares, que hoje conseguem liberar os exames com mais qualidade e no tempo adequado para o paciente de emergência. O biomédico veio multiplicar as ações da rede. Se em 2018 atendemos cerca de 600 mil pacientes, vamos finalizar o ano atendendo 1,4 milhão”, ressaltou o representante da SES.
A Secretaria de Saúde possui em seu quadro 49 biomédicos, que atuam em bancos de sangue, hemorredes, laboratórios de patologia clínica, agências transfusionais, no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), entre outras áreas. O biomédico estuda as causas, efeitos, fatores ambientais e epidemiológicos ligados a infecções e microrganismos, aprimorando diagnósticos e tratamentos. No Brasil, a Lei nº 6.684/1979 reconheceu e disciplinou a profissão.
“É extremamente importante esse tipo de homenagem, para que os biomédicos sejam reconhecidos e valorizados. Tivemos atuação importantíssima para o sequenciamento do DNA e para a vacina da covid-19”, ressaltou a biomédica supervisora na agência transfusional do Hospital da Criança de Brasília, Ana Paula Paulino, uma das homenageadas na ocasião.
A biomédica do HRSAM Cinthya Araújo também se emocionou com o reconhecimento. “É muito importante, porque sentimos que nosso trabalho é reconhecido diante do Estado e da sociedade. Isso traz visibilidade para nós como profissionais e para o trabalho que executamos”, afirmou.
Além de serem maioria na SES-DF, formando 70% do quadro em atividade, as mulheres também são maioria na profissão no Brasil, observou o presidente do Conselho Federal de Biomedicina, Silvio José Cecchi. “Oitenta por cento dos nossos profissionais são mulheres.” Segundo ele, o país conta com cerca de 200 mil biomédicos, 800 cursos e 150 mil acadêmicos.
“É uma função versátil e contabiliza cerca de 60 áreas de atuação. O biomédico e a biomedicina têm um valor inestimável para a saúde”, concluiu o presidente do Conselho Regional de Biomedicina, Renato Pedreiro Miguel.
Também participaram da cerimônia o deputado distrital Jorge Vianna; a vice-presidente do Sindicato dos Biomédicos do DF, Veralúcia Alves de Lima Rodrigues; o presidente do Hemocentro, Osnei Okumoto; o presidente do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), Marcio Michel; a presidente da Associação dos Biomédicos do DF, Aline Vesely; e o presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), Raul Canal.