Por Samara Schwingel
O Banco de Brasília (BRB) realiza estudos para apoiar o atendimento dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) no Distrito Federal. A instituição financeira pretende oferecer canais de atendimento por telefone, em meio digital e presencial, a fim de facilitar o acesso da população à assistência.
Em entrevista ao Metrópoles, o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, informou que a intenção é agilizar a marcação de atendimento e, assim, diminuir as filas nas portas dos centros.
“Concluir os estudos visando apoiar o atendimento realizado pelos Cras; ou seja, colocar novos canais de atendimento. Um [telefone] 0800, o atendimento digital e começar a oferecer a possibilidade de atendimento em todas as agências do BRB”, adiantou.
O projeto ainda está na fase de estudos, mas, segundo Paulo, é uma prioridade da gestão. “Isso está em estudo, mas é uma prioridade definida pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), para que a gente possa dar uma resposta às demandas da sociedade. Ou seja, um banco diferente, que cuida das pessoas e cumpre seu papel humano social e econômico”.
Ele ressalta ser difícil determinar uma data de lançamento para a parceria, mas explica que a intenção é permitir que os assistentes sociais se concentrem nas consultas e na concessão dos benefícios, enquanto o BRB fará o trabalho “mais documental”.
BRB Cultural
Durante a entrevista, o presidente do BRB também falou sobre um projeto que deve ser lançado ainda esta semana: o BRB Cultural. Segundo ele, o programa será realizado em parceria com a Secretaria de Cultura do DF.
“A gente deve investir um volume de recursos significativos na recuperação de espaços públicos, seja no Plano Piloto, seja fora. Uma parceria com a Orquestra [Sinfônica de Brasília], com diversos museus da cidade, e com edital de ocupação para esses lugares direcionados a artistas locais.”
A expectativa é de que o programa seja lançado até sexta-feira (9/9).
Acreditar
Paulo também afirmou que, ainda em setembro deste ano, o banco deve anunciar o relançamento do Acreditar, um programa de microcrédito. O projeto chegou a ser lançado em fevereiro de 2020, mas, com o início da pandemia de Covid-19, não foi possível dar seguimento.
O Acreditar consiste na concessão de microcrédito para microempreendedores. Por meio de grupos, os empresários são acompanhados, orientados e visitados por um agente treinado. “Funciona como um consultor”, destaca Paulo.
“A gente espera alcançar R$ 50 milhões nos primeiros seis meses de programa. E vai ter condições especiais para mulheres. Todo mundo sabe do melhor desempenho das mulheres gerindo esses negócios, e a gente sabe que a autonomia econômica é chave para ajudá-las a sair da vulnerabilidade social”, completa.