Câmara Legislativa realiza comissão geral para discutir Projeto de Lei sobre Organizações Sociais no DF, quinta (18)



Expectativa é se Secretaria de Saúde deverá se manifestar, finalmente, perante os diversos personagens: parlamentares, entidades sindicais, controle social, servidores, concursados

Por Kleber Karpov

Na tarde de quarta-feira (18) o deputado distrital, Chico Vigilante (PT) deve presidir uma comissão geral para discutir o Projeto de Lei (PL) nº 1.186/2016 que dispões sobre a contratação de Organizações Sociais (OSs) na gestão compartilhada da Saúde no DF.

Esse é o terceiro fórum apenas para tratar da questão das OSs no DF, realizados na Câmara Legislativa do DF (CLDF). A primeira, uma audiência pública, foi realizada em março, presidida por Reginaldo Veras (PDT). Em abril, Bispo Renato Andrade (PR), também realizou uma comissão geral para tratar do mesmo tema.

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Além da CLDF, outras duas audiências também aconteceram. Uma na Câmara dos Deputados, realizada pela deputada federal, Érika Kokay (PT), e outra focada na atenção primária, realizada pelo senador, Hélio José (PMDB-DF).

Nessa última, o vice-presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF (Sindate-DF), Jorge Vianna, apresentou denúncia sobre projeto da Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), ao apresentar Nota Técnica que previa a possibilidade de a SES-DF, contratar 2.000 novos servidores, sem aumentar custos, apenas reduzindo o banco de 40 mil horas extras.

Mais um não?

Uma coisa todos os fóruns tiveram em comum, um grande e estampado “não” por parte de deputados, entidades sindicais, Conselho de Saúde do DF (CSDF), Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), Entidades ligadas à saúde. Tais negativas se somam à de outros órgãos de controle, a exemplo do Tribunal de Contas do DF (TCDF) e Ministério Público do Trabalho (MPT).

Vigilante e afiado

Nas redes sociais Vigilante (PT) critica a pesquisa de opinião que aponta 56,9% da população do DF a favor da implantação das OSs, na gestão da saúde do DF. E o motivo é simples. O parlamentar aponta uma “campanha publicitária milionária feita pelo GDF para convencer a população”, porém, considera tímida a adesão às organizações sociais.

O governo participará?

A expectativa Embora o GDF dê manutenção ao discurso, desde julho de 2015, em realizar um amplo debate com todos os atores envolvidos na questão da Saúde do DF,  na audiência pública de março, o atual secretário de Saúde do DF, Humberto Fonseca, estava há duas semanas a frente da Secretaria e pediu paciência aos servidores da Saúde e concursados que lotaram o auditório. Em abril, Fonseca esquivou e mandou a secretária adjunta, Eliene Berg, que nada acrescentou em relação às intenções da SES-DF sobre o tema.

Em tempo

Fonseca fez uma visita, na tarde de terça-feira (16/Ago), durante a sessão do plenário na CLDF. O objetivo era pedir recursos de emendas parlamentares para cobrir despesas da Saúde. No entanto, com um suposto ‘salvo conduto’, o parecer favorável do Tribunal de Contas da União (TCU), que afirma que OSs na gestão da Saúde pública são legais, o secretário aproveitou a oportunidade para ‘vender o peixe’ das Organizações Sociais. Embora, o consenso sugere que, sem sucesso.

Serviço

Comissão Geral na Câmara Legislativa do DF para tratar do PL 1.186/2016 sobre a gestão de  Organizações Sociais no DF
Dia: 18 de agosto de 2016 (Quinta-Feira)
Horário: às 15 horas
Local: Plenário da CLDF



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