Campanella se reúne às escondidas com suplente de Telma Rufino



Presidente afastado do PPL regional se encontra com Jaqueline Silva às vésperas da nacional definir futuro da parlamentar Às vésperas da executiva nacional do Partido Pátria Livre (PPL) se reunir para decidir o futuro da deputada distrital Telma Rufino, citada na Operação Trick, desencadeada pela Polícia Civil, o presidente afastado do mesmo partido que o da parlamentar e, também, envolvido na Operação, Marco Antonio Campanella, é flagrado em um encontro com a primeira suplente de Telma, Jaqueline Silva (PPL). A reunião aconteceu nesta quarta-feira às 16h em uma famosa panificadora localizada na Avenida Castanheiras, uma das principais vias de Águas Claras. Por incrível que pareça, a reunião foi feita, justamente, no reduto eleitoral de Telma, onde ela obteve, nas eleições de 2014, mais de 4 mil votos.

No encontro, Campanella parecia discutir algo de grande interesse para a suplente Jaqueline e seu esposo, que também estava presente. Durante mais de duas horas de encontro, Campanella gesticulava de forma incisiva ao falar com Jaqueline, demonstrando ter convicção e firmeza sobre o que falava. Jaqueline, por sua vez, atendeu várias ligações e, em alguns momentos, se distanciou da mesa para falar ao telefone.

Mesmo afastado da presidência do diretório regional, Campanella esteve presente na última segunda-feira (26) na reunião da executiva do PPL. Conforme uma fonte que preferiu manter-se no anonimato, Campanella continua dando as cartas no partido do DF, e tem total ingerência na executiva nacional, o que pode levar à expulsão da parlamentar, mesmo sem ser indiciada pela polícia civil. “Ele (Campanella) ainda é o presidente do Partido aqui no DF. É notório que ele quer que a suplente Jaqueline assuma o mandato. Isso tudo é fogo amigo”, informou a fonte.

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O grande jogo em questão, conforme a mesma fonte, é que a deputada Telma Rufino não dividiu com o PPL os cargos comissionados e isso gerou uma grande decepção no partido. “O grande problema da Telma, na verdade, não é ela ter sido citada na Operação por uma investigação policial. Até porque nem se sabe para que veio, verdadeiramente, essa Operação. Mas, sem dúvida, esse bombardeamento do partido contra ela foi desencadeada pelo fato de que Telma não rateou os cargos com o presidente do PPL. Agora eles querem o mandato dela, seja através de cassação na CLDF ou na última instância do TSE”, ressaltou.

A mesma fonte informou ainda, que a mulher de Campanella, Narcizia Anna Neta de Queiroz, está lotada na Comissão de Ética da Câmara Legislativa, com salário de R$ 9.274,00. Conforme ele, a nomeação foi feita por Telma Rufino. “A deputada, a pedido do Campanella, foi quem nomeou a mulher dele na Câmara Legislativa. Isso como uma forma de agradá-lo. Mas ele não ficou satisfeito, queria que fosse rateado 50% dos cargos que a deputada tem no governo. Além disso, ele também pediu para a deputada nomear, na Secretaria da Mulher, Jane Maria Ferreira, com cargo DF14 e salário de R$ 2.937,00, pois ela é a vice presidente do PPL local”, informou.

Procurado pela reportagem até o fechamento dessa matéria, Campanella não atendeu às nossas ligações e não retornou às mensagens de voz deixadas na sua caixa de mensagens. A deputada Telma Rufino disse, através da sua assessoria de imprensa, que ficou surpresa com o encontro entre Campanella e Jaqueline Silva e que acredita na seriedade e independência da Executiva Nacional do PPL. A parlamentar disse ainda, que não iria se manifestar sobre o encontro deles.

Fonte: Ana Falando de Política



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