A Campanha Nacional de Multivacinação, iniciada em 1º de outubro, e prorrogada até o dia 30 de novembro, está prestes a encerrar. A Secretaria de Saúde alerta para que todos os pais ou responsáveis levem as crianças e adolescentes de zero a 15 anos incompletos para a atualização da caderneta de vacinação.
O Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde disponibiliza no SUS 19 vacinas que protegem contra mais de 40 doenças, desde recém-nascidos até a terceira idade. As vacinas ofertadas na Campanha Nacional de Multivacinação são as mesmas vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, uma vez que o objetivo da campanha é colocar a situação vacinal em dia.
A enfermeira da área técnica de imunização da Secretaria de Saúde, Fernanda Ledes, lembra que as indicações das vacinas disponíveis seguem as mesmas indicações da rotina, não havendo nenhuma modificação.
“Mesmo diante da pandemia, a população não deve deixar de se vacinar e manter a situação vacinal atualizada. Se as pessoas deixam de se vacinar existe o risco do aumento da morbidade e mortalidade, além de um crescimento da demanda nos hospitais”, explica.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) a interrupção das vacinas, mesmo que por um breve período, pode aumentar a probabilidade de surtos e o número de indivíduos suscetíveis a graves doenças imunopreveníveis, como, por exemplo, o sarampo. A doença já estava eliminada no Brasil e voltou a causar surtos desde 2018, devido às baixas coberturas vacinais da vacina tríplice viral.
Em 2019, o Brasil perdeu o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo emitido pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). “As vacinas são seguras e muitas delas já existem há décadas, tendo impactos significativos na melhoria da qualidade de vida e na eliminação de muitas doenças ao longo da história. Por isso, é tão importante se vacinar”, destaca.
Ao longo da história, diversas doenças dizimaram populações, doenças que hoje não se ouve mais falar, como a difteria e a poliomielite. Mas, outras que seguem endêmicas no Brasil, como a meningite, a coqueluche, a hepatite e a tuberculose, todas essas ainda apresentam casos pelo mundo e podem ser prevenidas com vacina.
Prorrogação da campanha
Por conta da baixa cobertura vacinal nos últimos anos em todo o país, somado ao objetivo de aumentar a cobertura vacinal da população, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde decidiu ampliar em mais um mês a Campanha Nacional de Multivacinação, que era pra ter término em 30 de outubro.
No Distrito Federal, a Campanha de Multivacinação alcançou 68,4% do público que compareceu aos pontos de vacinação, ou seja, pessoas que estavam com alguma vacina em atraso.
Vacinação para adolescentes
A vacina meningocócica ACWY foi incorporada pelo Ministério da Saúde ao Calendário Nacional de Vacinação em março de 2020. Ela previne contra quatro sorogrupos da doença meningocócica (A, C, W e Y). Dessa forma, a vacina meningocócica ACWY está disponível para adolescentes de 11 e 12 anos de idade. Além dela, a vacina contra HPV está disponível somente para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos de idade.