Campanha Setembro Verde Esperança debate a asfixia perinatal

Doença representa a terceira causa de morte e a principal de lesão neurológica permanente em bebês



Setembro é um mês repleto de temas importantes para discussão na área da saúde. A campanha Setembro Verde Esperança alerta para a conscientização sobre a asfixia perinatal. O principal objetivo é sensibilizar a população sobre um grave problema de saúde pública, uma vez que a doença representa a terceira causa de morte e a principal de lesão neurológica permanente em bebês no mundo inteiro, apresentando um duro impacto socioeconômico no país e no mundo.

“A melhor forma de diminuir os riscos da asfixia perinatal é a realização do pré-natal bem feito durante toda a gestação. O acompanhamento de perto da gestante, evitando ou diagnosticando precocemente todas as patologias que incidem no período gestacional e dando seguimento ao feto será o principal meio para evitar ou amenizar os riscos da asfixia perinatal”, explica Sandra Lins, chefe da Neonatologia do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib).

A ideia da Campanha Setembro Verde Esperança é levantar uma grande discussão, buscar formas e estratégias para reduzir o impacto devastador dessa doença e com isso ajudar milhares de crianças e famílias. A campanha foi idealizada pelo Instituto Protegendo Cérebros Salvando Futuros, em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria, em conjunto com a AACD e Instituto Jô Clemente (antiga APAE de São Paulo).

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De acordo com Sandra, durante o trabalho de parto, o seguimento dessa mãe e o pleno conhecimento do pediatra de como nascerá o bebê permitirão a programação da melhor assistência ao nascimento, o que impacta profundamente na redução da asfixia perinatal. Então, o pré-natal e o atendimento do recém-nascido pelo pediatra são as principais ações para a diminuição da asfixia perinatal.

“Esse trabalho em equipe impactará positivamente na qualidade de vida desses bebês e de suas famílias. As consequências de uma asfixia grave são muito danosas para o bebê, para sua família e para a sociedade. Bebês com complicações de asfixia perinatal podem evoluir com sintomas leves que só terão impacto quando estiverem no período escolar, até mesmo, sintomas graves como dependência de ventilação mecânica e sequelas motoras graves, exigindo toda uma reprogramação de vida dessa família e um custo alto para o país”, analisa a médica pediatra neonatologista.

De acordo com ela, a assistência de qualidade, com o obstetra durante o pré-natal e o trabalho de parto, o treinamento constante da equipe que receberá esses bebês e as novas tecnologias de monitoramento cerebral são as possibilidades de cada vez mais ter gestantes bem assistidas, bebês saudáveis e uma sociedade com plenitude para se desenvolver.

“Em algum lugar, alguém está dizendo a um menino que ele não pode brincar porque não consegue andar. A uma menina, que ela não pode aprender porque não consegue enxergar. Esse menino merece uma oportunidade para brincar. E todos nós ganhamos quando essa menina e todas as crianças, conseguem ler, aprender e contribuir. O caminho a percorrer será desafiador, mas crianças não aceitam limites desnecessários. Nós também não deveríamos aceitar”, enfatiza o diretor executivo do Unicef, Anthony Laka.



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FONTESecretaria de Saúde do DF
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