A Deputada Distrital concedeu entrevista à Rádio Band News nessa sexta-feira (7)
Da Redação
Celina Leão (PPS) apoiou a Operação Drácon que investiga, inclusive, parlamentares da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Relembrou que abriu mão do cargo de presidência, dois dias antes de receber notificação judicial, para demonstrar que não criará dificuldades no processo investigativo. Entretanto, a parlamentar segue trabalhando na Casa do Povo.
“A gente quer que o Ministério Público investigue, é do nosso interesse que isso seja realmente esclarecido. Nós acreditamos, verdadeiramente, no Judiciário e eu acho que a resposta que eu posso dar para o meu eleitor e, principalmente, para o cidadão de Brasília é trabalhando, porque querendo ou não a cidade tá um caos. Nós estamos numa cidade onde a gente tá vivendo uma crise na segurança pública, uma crise na saúde e uma crise agora generalizada do serviço público.”
Celina classificou como “desastre” o “Decreto da Mordaça”, assinado pelo Governador Rodrigo Rollemberg, na semana passada, que torna as punições mais rigorosas ao servidor que entrar em greve. “Eu acho que o governador está muito mal assessorado. É num momento de tensão que nós já estamos vivendo ele soltar um decreto aonde ele ameaça, inclusive, com sanções civis e penais ao servidor público é quase que uma postura de ditador.”
A distrital revelou que propôs, junto com o Deputado Raimundo Robeiro (PPS), um projeto de decreto legislativo para derrubar o decreto do governador e torná-lo, portanto, sem efeito.
Questionada se a CPI da Saúde confirmou desvios de dinheiro e se os problemas na saúde do DF são causados por falta de orçamento ou gestão, Celina afirmou que os problemas derivam de orçamento, gestão e até mesmo falta de autonomia, já que os secretários da pasta são sempre indicações.
“O problema da Saúde é que nós estamos devendo uma avalanche de contratos emergenciais. A saúde não sai do emergencial nunca! Se você comparar o preço dos contratos emergenciais com o preço do contrato [comum], se fosse uma licitação, você ia perceber que nós estamos gastando o dinheiro público e gastando muito mal.”
Sobre as Organizações Sociais (OSS) que o governo quer implantar na saúde do DF, Celina alegou que não é contra, mas acredita que o assunto deve ser discutido com o servidor público e a sociedade. Além disso, o governo precisa apontar de onde os recursos vão sair para o pagamento das OSS. “Não colocaram pra gente da onde é quer iria sair o dinheiro, de que forma iria ser pago isso, quais eram as organizações que eles queriam trazer para o Distrito Federal – que isso hoje tá inclusive sendo alvo de investigação. Quais seriam as supostas OSS? Isso aí é muito grave.”.