Por Kleber Karpov
A vice-governadora do DF, Celina Leão (Progressista) participou nesta quinta-feira (28/Set), da inauguração, simbólica, de oito novos leitos na unidade de terapia intensiva (UTI) Coronariana no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Com a ampliação, o HBDF dobrou a capacidade de atendimento de pacientes de alta complexidade, diagnosticados com doenças cardiovasculares, além de elevar à rede pública de saúde do DF, a condição da ativação de 100% dos leitos de UTIs cadastrados por parte da Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), junto ao Ministério da Saúde.
Celina Leão, responsável pela nomeação do atual presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGESDF), Juracy Cavalcante Lacerda Júnior, comemorou a ampliação da capacidade de atendimento da alta complexidade cardíaca do DF, além de ressaltar a necessidade de ampliar a capacidade de recursos humanos na área médica do hospital.
“Ao mesmo tempo que ampliamos a estrutura física, nós precisamos ampliar também a área médica. Nós dobramos a capacidade da UTI, e não somente com a estruturação de equipamento, mas fizemos um chamamento público para dobrar também a equipe técnica especialíssima nessa área”, afirmou a vice-governadora Celina Leão.
Tal referência da Vice-Governadora, ocorre em relação a contratação recente de 22 profissionais especializados em doenças coronárias que compõem uma equipe multidisciplinar — principal característica de uma UTI Coronariana. Do total, cinco médicos intensivistas na área da cardiologia, seis fisioterapeutas, um terapeuta ocupacional, um nutricionista, um fonoaudiólogo, um assistente social, um psicólogo e seis enfermeiros.
Equipe Multidisciplinar
27% dos óbitos no mundo
Junior comemorou a inauguração dos leitos e apontou que doenças cerebrovasculares — que envolvem tanto as regiões cardíacas quanto neurovasculares — são responsáveis por aproximadamente 27% dos óbitos do mundo. Para o gestor do IGESDF, é preponderante que a gestão da saúde pública do DF tenha o enfoque na demanda dos pacientes.
“É um marco para o hospital. As doenças cerebrovasculares são as que mais matam no mundo, representando cerca de 27% dos óbitos. O HBDF é um hospital de alta complexidade e temos que ter o enfoque na demanda dos nossos pacientes. Por isso, estamos reativando os leitos de UTI que, durante a pandemia, foram muito utilizados. A gente espera atender melhor a população do Distrito Federal”, pontuou Júnior.
Menor taxa de óbitos no DF
Dados do Departamento de Informação e Informática do SUS (Datasus), do Ministério da Saúde (MS), em 2022, o DF registrou um índice de 4,74% de óbitos, dentre os pacientes internados após ataque cardíaco, enquanto a média nacional é de 9%, ou seja, pouco mais da metade em relação ao país. Informações essas que demonstram, para Lucilene Florêncio, a importância e preciosidade da ativação dos novos leitos de UTIs, para manter o DF com a menor taxa de mortalidade por infarto agudo do miocárdio no Brasil.
“Esses oito leitos a mais são preciosos para a gente porque isso reflete nos índices de mortalidade do DF com relação a doenças cardíacas. Quando garantimos um leito para essa linha de cuidado, podemos esperar que essa taxa diminua ainda mais porque o cuidado com o paciente vem sendo ampliado”, defendeu a secretária Lucilene Florêncio.