Cirurgia de reconstrução mamária ajuda a devolver a autoestima das mulheres

Referência em cirurgia plástica e oncológica no Brasil, Dr. Wandemberg Barbosa destaca as técnicas utilizadas para a reconstrução mamária e aborda os benefícios e as sequelas decorrentes do procedimento



Por Patrícia Jimenes

Mulheres com câncer de mama não raramente precisam passar por mastectomia (cirurgia que retira a totalidade da mama afetada pela doença), além de, em muitas ocasiões, necessitarem de tratamento radioterápico. Todos esses procedimentos, claro, deixam cicatrizes não somente físicas como emocionais.  Buscando minimizar estas sequelas é que muitas mulheres optam pela reconstrução mamária. Não à toa, segundo dados extraídos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) por meio do DataSUS, entre 2014 e 2019, o número de cirurgias plásticas mamárias não estéticas aumentou em 49,44%.

Referência em cirurgia plástica e oncológica no Brasil e um dos pioneiros de técnicas reconstrutivas em câncer mamário, Dr. Wandemberg Barbosa define a cirurgia de reconstrução de mama como um procedimento física e emocionalmente gratificante. “A mulher tem nas mamas dois grandes símbolos: a vida através da amamentação e a sensualidade. Quando existe a eminência de perder as mamas, ocorre um impacto psicológico fortíssimo, pois a mutilação física e psicológica é também a perda desses símbolos”, diz.

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De acordo com o médico cirurgião, além desses dois elementos simbólicos, vem acrescentar-se um outro, que ao interagir com eles torna ainda mais doloroso processo da descoberta do câncer e da necessidade da cirurgia para a retirada das mamas. Este elemento é a perspectiva de perder a vida. “Nesse sentido, a atuação do médico responsável pela cirurgia torna-se extremamente difícil, pois necessita ser emético e ao mesmo tempo transmitir ao paciente que uma grande luta está prestes a começar”, afirma.

A respeito da cirurgia, Dr. Wandemberg alerta primeiramente que se trata de um procedimento individualizado e que se a mulher optar por ele, deve fazê-lo para si mesma e não para satisfazer os desejos de outra pessoa ou para tentar se adaptar a qualquer tipo de imagem ideal.

Dr. Wandemberg explica também que o procedimento de reconstrução da mama é constituído de várias técnicas de cirurgia plástica (retalhos, enxertos e implantes), que levam em consideração a forma, a aparência e o tamanho da mama antes da mastectomia. O médico cirurgião afirma que ao decidir pelo procedimento a paciente precisa estar ciente de que os resultados são variáveis. “Primeiro, ela deve saber que a mama reconstruída não terá a mesma sensibilidade da mama que substitui”, diz. Além disso, a paciente deve estar consciente que ficará com cicatrizes, tanto na mama, quanto no local de onde será extraído o enxerto, que costuma ser costas, abdômen ou glúteo.

A cirurgia de reconstrução mamária constitui-se de várias técnicas. São elas:

  • Retalho com músculo, gordura e pele para criar ou cobrir o local da mama mastectomizada. Wandemberg explica que nem sempre é possível retirar pele da própria região torácica para fazer o enxerto, haja visto que a mastectomia ou às vezes o tratamento com radiação pode deixar tecido insuficiente para tal.  Nesse caso, segundo o médico cirurgião, opta-se por técnicas como o retalho TRAM, que usa como doador músculo, gordura e pele do abdômen; os retalhos SGAP, que não usam músculo, mas sim tecido do tórax posterior ou da nádega; ou o retalho latissimus dorsi, que utiliza músculo, gordura e pele tunelizados no local da mastectomia, permanecendo com seu suprimento sanguíneo original.
  • Expansão da pele saudável para dar cobertura a um implante mamário. Trata-se de uma alternativa aos retalhos. Nesse procedimento coloca-se um expansor que é preenchido através de uma válvula interna, dilatando a pele. Conforme Wandemberg essa técnica tem como vantagem possibilitar uma recuperação mais rápida do paciente do que os procedimentos com retalhos. Contudo, costuma ser um processo de reconstrução mais demorado, já que o paciente precisa retornar algumas vezes ao consultório para, por exemplo, passar por uma segunda cirurgia com o objetivo de substituir o expansor, que não é concebido, segundo Wandemberg, para servir como implante permanente.
  • Colocação do implante mamário. De acordo com o médico cirurgião, o implante de silicone pode ser um complemento ou uma alternativa para técnicas de retalhos. Quando utilizado como alternativa, ou seja, para reconstruir a mama, requer geralmente o emprego do expansor de tecido.
  • Enxertos e demais técnicas especializadas para criar o mamilo e a aréola. Segundo Dr. Wandemberg, essa é a etapa de finalização da cirurgia de reconstrução de mama, quando, através de uma variedade de técnicas, o mamilo e a aréola são também reconstituídos.

Cicatrizes e perda de sensibilidade podem ser algumas das consequências do procedimento de reconstrução mamária. Dr. Wandemberg destaca outros desdobramentos como a perda parcial ou completa do tecido doador e a rigidez da mama (contratura capsular) que advém do uso de implantes, assim como o risco de ruptura. “No entanto, é sempre bom destacar que implantes mamários não prejudicam a mama. Pesquisas científicas realizadas por grupos independentes não relataram nenhuma relação comprovada entre implantes mamários e doenças autoimunes e sistêmicas, por exemplo”, diz.

Dr. Wandemberg pondera que algumas dessas consequências tendem a ser amenizadas com o passar do tempo. “A sensibilidade na mama pode voltar e as cicatrizes tendem a melhorar, por exemplo”, afirma. O importante, segundo o médico cirurgião é que os resultados finais da construção, após a mastectomia, auxiliam a minimizar o impacto físico e emocional da cirurgia de retirada da mama. “A maioria das mulheres acredita que as limitações deixadas pela cirurgia são pequenas em comparação à melhoria da qualidade de vida”, conclui.

Dr. Wandemberg Barbosa

Dr. Wandemberg é cirurgião formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e cirurgião oncológico formado pelo Hospital A.C Camargo – Fundação Antônio Prudente. Inclusive foi médico residente dessa instituição, terminando sua residência em 1981.

Algum tempo depois, montou o Serviço de Cirurgia Oncológica do antigo Hospital Matarazzo (atual Hospital Humberto I), na capital paulista, onde atendia milhares de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), oferecendo um alto padrão de cirurgias, junto com assistentes e residentes. Nessa ocasião, foi responsável por criar uma residência médica neste hospital. Em 1989, começou a trabalhar no Hospital 9 de Julho, também em São Paulo, onde instituiu um grupo de cirurgia oncológica, no qual atuou até 2005.

Em 1998, concluiu mestrado em Cirurgia Plástica Reparadora pela Faculdade Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e, em 1999, titulou-se especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Pela sua experiência e conhecimento, Dr. Wandemberg é reconhecido nacionalmente e internacionalmente, tendo levado inúmeros trabalhos em congressos. Além de ser membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, no Brasil, é “fellow” da The International College of Surgeons, “member ship”, na The European Society of Clinical Oncology, “associate member”, na The American Society of Plastic Surgeons e médico visitante no Massachuset’s General Hospital Boston, nos Estados Unidos, e The Royal Marsden Hospital, no Reino Unido.

Há mais de 35 anos cuidando da saúde e da beleza de seus pacientes, Dr. Wandemberg é excelência em cirurgia plástica no estado de São Paulo, sendo médico cadastrado non principais hospitais da capita paulista, tais como: Albert Einstein, São José, H-Cor, Nove de Julho e São Luís.



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