Cirurgias ortopédicas no DF ficam mais rápidas e seguras

Arco cirúrgico permitirá a realização de até 250 procedimentos por mês somente no Hospital Regional de Ceilândia

Equipamento de escopia, ou arco cirúrgico, permite visualizar, em tempo real, imagens que antes demandavam dezenas de procedimentos de raio-X


O maior desejo do motoboy Elias Soares, 31 anos, é ter uma recuperação rápida. Ele está internado no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) desde sexta-feira, quando sofreu um acidente durante uma entrega. “Estou muito ansioso para voltar a pilotar. A minha renda é essa”, conta. As expectativas são boas: ele foi um dos primeiros pacientes beneficiados pela instalação do novo equipamento de escopia, que vai proporcionar cirurgias mais rápidas, seguras, menos invasivas e com recuperação em menor tempo.

Também chamado de arco cirúrgico, o equipamento de escopia permite visualizar, em tempo real, imagens que antes demandavam dezenas de procedimentos de raio-X. Na prática, isso diminuiu o tempo necessário para a cirurgia e facilita o trabalho das equipes.

O médico ortopedista Ronaldo Moraes, responsável técnico assistencial da área no HRC, estima que com o uso do aparelho é possível reduzir o tempo das cirurgias em até 50%. “Você resolve a vida do paciente sem precisar de grandes incisões para colocar um parafuso, por exemplo”, explica.

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O equipamento tem ainda a característica de oferecer mais segurança para a equipe médica por não expor tanto o doente e os profissionais a uma série de procedimentos de raio-x durante uma única cirurgia. Em uma operação de fratura no fêmur, por exemplo, realizada sem a escopia, são 30 ou mais emissões.

Aumento da produção cirúrgica

Com o novo equipamento, o HRC poderá fazer mais cirurgias ortopédicas, incluindo as de maior complexidade. “Vamos poder fazer duas cirurgias de fêmur todos os dias”, diz a supervisora da Gerência de Assistência Cirúrgica, Savana Lima Barreto.

Além de reduzir o tempo de ocupação no centro cirúrgico, a escopia deve diminuir o tempo de internação no pós-operatório. “O arco cirúrgico chega em um momento muito propício. Temos realizado força-tarefa na ortopedia, com turnos cirúrgicos extras, e com o aparelho vamos otimizar as cirurgias”, afirma Thalita Ramos Ribeiro Epstein, gerente de Assistência Cirúrgica.

A expectativa é a de que o HRC passe a realizar pelo menos 250 cirurgias ortopédicas por mês, um número alcançável também por conta da chegada de novos perfuradores. “Esses aparelhos são uma vitória para a saúde do DF. É mais uma estratégia para diminuirmos o tempo de espera para uma cirurgia e, muitas vezes, o tempo de internação também. Ganham as equipes médicas e também o usuário”, destaca a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.

Nos próximos dias, também devem começar a operar os novos arcos cirúrgicos do Hospital Regional de Taguatinga e do Hospital Regional de Planaltina. As três unidades realizam tanto procedimentos de urgência quanto cirurgias eletivas.



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FONTEAgência Brasília
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