Por Kleber Karpov
Após reunião no colégio de líderes da Câmara Legislativa do DF (CLDF), deputados decidem dar encaminhamento normal aos Projetos de Lei encaminhados pelo Executivo. O motivo é a falta de acordo entre o governador, Rodrigo Rollemberg (PSB), com as entidades sindicais, em relação à incorporação de gratificação concedida pelo antecessor, Agnelo Queiroz (PT).
Embora os líderes partidários das bancadas do PT, o distrital, Chico Vigilante, e do PMDB, Wellington Luiz, tenham se referido em obstruir as votações dos Projetos de Lei encaminhados pelo Executivo, a presidente da CLDF, Celina Leão (PDT), mais cautelosa, falou em dar andamento normal aos PLs.
Obstrução de votações
Para Vigilante: “A gente tinha tomado uma decisão anterior de que o governo tinha que apresentar uma proposta aos trabalhadores. Nós ampliamos a capacidade de arrecadação dele [GDF] para R$ 1,5 bilhões. É isso que a gente botou a mais no cobre do GDF para 2016. A proposta que ele fez, até onde sei é insatisfatória e os trabalhadores não aceitaram. Portanto se é para dar o reajuste só a partir de outubro do ano que vem, portanto nós entendemos que esses projetos que estão aí podem votar em agosto do ano que vem. A pauta continua obstruída”, afirmou Vigilante.
Normalização de tramitação
Celina Leão por sua vez explicou que cada um vai utilizar o instrumento que tem: “A gente estava fazendo um esforço coletivo para votar nesta semana para votar nessa semana se houvesse, por parte dos sindicatos, a aceitação da proposta do governo, o que não aconteceu.”, afirmou ao observar que os projetos terão transição normal na Casa. “Já que não teve essa recepção por parte dos servidores a Casa vai seguir o ritmo normal do processo legislativo que é tramitar nas comissões em ritmo normal do processo legislativo que é tramitar nas comissões com os prazos do regimento, mesmo em regime de urgência isso deve ser discutidos todos os itens nas comissões.”, concluiu.
Mediação de acordo
Celina Leão observou que os presidentes dos sindicatos buscaram a CLDF para tentar mediar o acordo com o governo e que a Casa tem feito um acordo coletivo no sentido de ajudar no processo de negociação: “A gente tem tentado ajudar nessa negociação para que a população do Distrito Federal tenha os serviços restabelecidos porque o maior prejudicado em tudo isso, além dos próprios servidores que estão correndo o risco de ter corte de pontos, e outras ameaças que tem sido feitas, para a população que fica sem atendimento. A Câmara Legislativa tem feito um esforço grande e coletivo no sentido de amparar e achar uma contraproposta um caminho de negociação.”, afirmou.