CLDF lança Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Câncer

O presidente da Frente, deputado Eduardo Pedrosa, quer focar esforços em antecipar os diagnósticos da doença para ampliar possibilidades de cura



Por Isabella Almeida

A Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Câncer, proposta pelo deputado Eduardo Pedrosa (União Brasil), foi lançada na última sexta-feira (3) durante sessão solene no Plenário da CLDF. O objetivo da Frente é melhorar e monitorar o atendimento, além de proporcionar mais qualidade de vida aos pacientes e familiares com a doença no Distrito Federal.

Eduardo Pedrosa, presidente da Frente, apontou para a demora no diagnóstico de câncer “pode trazer consequências graves, como a diminuição de chances de cura e do tempo de sobrevida.” O deputado ainda discorreu que o tratamento tardio também gera mais gastos do que quando a doença é descoberta na fase inicial.

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O deputado distrital Thiago Manzoni (PL) destacou que o combate à doença é uma luta coletiva, vivenciada sobretudo pela família do paciente. “Quando acomete alguém da família, todos passam por aquilo, o sofrimento físico de um é o sofrimento emocional dos outros. É uma batalha vencida em conjunto.” O parlamentar disse ainda acreditar que a frente formada será de grande valia no Distrito Federal.

No Hospital de Base são realizadas duas mil consultas por mês e 800 sessões de quimioterapia. Além do tratamento, o hospital conta com acompanhamentos em Mastologia, Ginecologia Oncológica, cirurgia geral, cirurgia torácica, urologia , proctologia, neurocirurgia, ortopedia e cirurgia oncológica. A informações foram divulgadas por Mariela Souza diretora-presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF), que participou da sessão solene e falou sobre o trabalho desenvolvido pela instituição.

Viviane Rezende Oliveira, médica especialista em cirurgia oncológica e presidente regional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica falou sobre os desafios de acesso à oncologia. O paciente com câncer passa pelo rastreamento, biópsias, exames de imagem, exames endoscópicos e outras etapas. Entra nesse ciclo a quimioterapia, cirurgia, radioterapia e outros tipos de tratamento.

Conforme a médica, nem todos os serviços demandados pela população com a doença são ofertados pelo Estado. O papel da regulação dos serviços e demandar é promover a equidade no acesso ao tratamento de câncer, desde as consultas iniciais até os procedimentos que forem necessários. “Equidade é adaptar as oportunidades de tratamento deixando-as justas, fazendo com que o paciente chegue ao seu tratamento de uma forma mais rápida, eficiente e adequada, isso faz com que, inclusive, os custos do Estado sejam reduzidos.”

Também participaram da solenidade representantes da ONG Vencedoras Unidas, um grupo de apoio e convívio às mulheres com câncer. Denise Ferreira, vice-presidente da organização, e paciente em tratamento, falou sobre luta e acolhimento. “Imagina o turbilhão de sentimentos que passa na cabeça de uma pessoa ao receber um diagnóstico de câncer, é sentir como se chão se abrisse. Além disso vem todo problema que estamos falando aqui, falta de exame, falta de consulta, não consegue marcar, demoram os resultados, aí a gente entra acolhendo e levando amor àquela pessoa.”

Eduardo Pedrosa encerrou o lançamento falando das expectativas de atuação da Frente, para que ela seja iniciada a partir das discussões feitas na sessão solene e com encaminhamentos. Além disso, serão buscados resultados efetivos, fazendo visitas às unidades de saúde, entre outras ações.



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FONTECLDF
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