Com a queda de Helio Doyle, militantes do PSB cobram de Rollemberg espaço no governo



Não foi apenas a crise política que se abateu entre o Executivo e o Legislativo que levou a queda do ex-chefe da Casa Civil, Helio Doyle, na terça-feira passada. A insatisfação passava, também, por grande parte dos setores do PSB, partido do governador Rollemberg, onde a militância socialista caminhava ressentida pela falta de espaço no governo.

É que, na hora de definir o time, o ex-chefe da Casa Civil, com o avantajado poderes de “Primeiro Ministro”, acabou privilegiando um bando de “teóricos” de quem não se espera que produza um ato com  resultado prático e imediato. Doyle também protegeu um grande números de petistas da gestão passada, deixando de lado grupos que se consideram da cota parte do governador e do próprio PSB.

A cizânia alimentada nestes últimos seis meses de governo  gerou um volume de conflitos de “gente chateada” que engoliu a raiva e o choro para não melindrar o governo, provocando fato desestabilizador no DF.

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A substituição de Helio Doyle pelo diretor-geral da Câmara dos Deputados, Sergio Sampaio, foi comemorado com ar de festas e de alivio pela militância socialista que acredita no reinicio de um governo que deste o seu primeiro dia no Buriti ainda não havia mostrado a que veio.

Alguns culpam o Helio Doyle por ter alimentado o tempo todo um governo olhando para trás com o “discurso do rombo do caixa” deixado pela gestão passada, fato desmentindo depois pelo relatório do Tribunal de Contas do Distrito Federal, o que causou constrangimento ao governador.

Integrantes da corrente liderada por Marcos Dantas, presidente do PSB e atual secretário  de Relações Institucionais e Sociais, jogam também a culpa em Helio Doyle pela péssima avaliação popular do governo nos primeiros cinco messes no Poder. Uma pesquisa realizada pelo instituto Paraná revelou que 46,6% dos moradores do Distrito Federal reprovam a gestão do governador Rodrigo Rollemberg.

A pesquisa ainda demonstrou que 37,7% dos brasilienses acreditam que nada mudou em comparação com a gestão Agnelo Queiroz (PT). Outros 30,7% acham que o Distrito Federal está pior administrado.

A militância socialista bota ainda na conta de Helio Doyle a infrutífera estratégia de achar que os distritais não tem qualquer importância para a governabilidade, mesmo tendo consciência de que o PSB, partido de Rollemberg, não conta com um só parlamentar eleito pela legenda dentro da CLDF.

Mas tudo isso, segundo os socialistas, são águas passadas. Para muitos, Sergio Sampaio, o novo Chefe da Casa Civil, embora não sendo ate agora do partido, saberá juntar os cacos e contribuir com a sua experiência no sentido de que Rodrigo Rollemberg faça um governo de compromisso popular conforme pregou nas ruas.

Saberá também reconstruir a ponte de diálogo com os segmentos sociais construída por Rollemberg na época da campanha a qual foi destruída por Helio Doyle em menos dos 100 dias de governo.

Mas do que isso, a militância socialista acredita que a falta de espaço dentro do governo que eles tanto reclamam poderá ser resolvida através de uma nova Casa Civil .



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