Com receio de permanência de assediadores, servidores da Saúde querem ‘cabeças’ de gestores de Rollemberg



Profissionais de saúde lembram casos de depressão, assédios e tentativas de suicídios na gestão Rollemberg

Por Kleber Karpov

Com diversos históricos de casos de perseguições dentro da Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), associados, desde o secretário, Humberto Lucena Pereira da Fonseca, à subsecretárias, superintendências e chefias, os servidores da SES-DF, reagiram ao pedido de tempo, para trocas gradativas de gestores vinculados à gestão do governador do DF, Rodrigo Rollemberg.

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A reação à proposta de realizar uma “substituição gradativa” dos gestores, por parte do próximo secretário de Saúde, Osnei Okumoto,  foi recebida com ceticismo, pelos servidores. Inconformados com gestores que até comemoraram a ‘permanência’ na gestão da SES-DF, no governo de Ibaneis Rocha (MDB), eleito com cerca de 70% dos votos, os profissionais de saúde, exigem a substituição, imediata, “ao menos dos cabeças” da gestão da dupla Rollemberg e Fonseca.

Sob sigilo de identidade, um servidor servidor do HRT, também com a identidade preservada, foi taxativa. “É inconcebível que o novo secretário assuma sem retirar os gestores que estiveram na chefia, apenas para promover um verdadeiro massacre dos profissionais de saúde.”, disse ao lembrar os diversos casos de depressão, e de tentativas e até consumação de suicídios, provenientes de práticas de assédio moral, dentro das unidades de Saúde do DF.

Um dos exemplos, foi relatado por um membro do Conselho Regional de Saúde do Gama (CRSG) (5/Mai), sobre quatro casos de tentativa de suicídios, por práticas de assédio moral, no Hospital Regional do Gama (HRG),  somente no final de abril desse ano. Isso sem contar os casos de depressão que contribuem para o alto índice de absenteísmo dentro da SES-DF.

Fim do assédio moral

Mal interpretado, sobre a substituição gradativa de gestores vinculados ao governo de Rodrigo Rollemberg, a quem fez oposição, o deputado distrital eleito, Jorge Vianna (PODEMOS) e vice-presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF (SINDATE-DF), lembrou que enquanto sindicalista, foi um dos principais combatentes, da prática de assédio moral, dentro da SES-DF. Vianna ratificou ainda que deve lutar para que ocorram as substituições dos gestores ligados à gestão da dupla Fonseca e Rollemberg.

“Uma das coisas que mais lutei, dentro do sindicato foi contra esse assédio que a nossa categoria sofre tanto. De fato existem vários gestores que talvez até motivados pelo chefe, o secretário de saúde, porque quando o gestor toma uma postura e o chefe [Secretário de Saúde], não coíbe, proíbe e intervém junto ao gestor, então ele faz o que quer. Estive muito na base, e são vários os casos. A insatisfação é geral, principalmente na regional do Hospital de Ceilândia [(HRC)], enfim, em várias regiões a insatisfação é geral. O que não pode é ter certas pessoas que insistem em querer denegrir a minha imagem perante a outros colegas. Falar que eu defenda a permanência de gestores desse governo, é uma grande bobagem pois sempre fui contra gestores e ao próprio governo.”, disse ao afirmar que espera ter “certeza que o secretário deve fazer a substituição o mais rápido possível e é o que eu vou cobrar.”, concluiu Vianna.



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