Com testagem e tratamento imediato, DF reduz número de mortes por HIV

De 2018 para 2022, índice caiu 21,6%, segundo dados de boletim epidemiológico da SES-DF



O coeficiente de mortalidade por aids no Distrito Federal diminuiu 21,6% em cinco anos. Divulgado nesta segunda-feira, 27, o Informativo de Situação Epidemiológica do HIV e da Aids no DF – de 2018 a 2022 – aponta que o índice de óbitos por 100 mil habitantes caiu de 3,3 para 2,7 no período. O boletim mostra também redução nos casos de infecção pelo HIV e de aids: uma queda de 9,8 para 7,3 por 100 mil habitantes.

A gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde (SES-DF), Beatriz Maciel Luz, atribui a redução aos esforços do Sistema Único de Saúde (SUS), destacando a importância da testagem e do início imediato do tratamento em casos de diagnósticos positivos, medida fundamental para a queda no número de casos e de óbitos. “Além disso, há o esforço em manter a contínua dispensação do medicamento e, consequentemente, o tratamento adequado e contínuo a todas as pessoas vivendo com HIV, para que possam manter uma carga viral indetectável e não desenvolver a aids.”

Ter HIV não é a mesma coisa que ter aids. A especialista explica que muitas pessoas podem carregar o vírus e viver anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. “Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomadas as devidas medidas de prevenção”, alerta. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.

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Jovens em risco

O boletim epidemiológico é um alerta para o comportamento de jovens. No DF, a faixa etária de 20 a 29 anos representa uma média de 32,9% dos casos de aids no DF, seguida por uma média de 28,9% entre aqueles de 30 a 39 anos. A faixa etária de 40 a 49 anos apresenta uma proporção média de 21,7%.

As unidades básicas de saúde (UBSs), as policlínicas e os ambulatórios especializados compõem a rede de vigilância, prevenção e assistência ao HIV e à aids. Nesses locais da rede pública do DF estão disponíveis diversas estratégias de prevenção combinada. Por exemplo, fornecimento de preservativos e gel lubrificante, medicamentos para Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP, quando uma pessoa teve uma situação de risco nas últimas 72 horas), medicamentos para Profilaxia Pré-Exposição (PrEP, para as pessoas com risco frequente, que usará diariamente um medicamento para evitar contrair o vírus) e os medicamentos para tratamento das pessoas vivendo com HIV/Aids.

Técnico de vigilância em HIV e aids, Sérgio D’Ávila destaca que, atualmente, cerca de 15 mil pessoas recebem medicamentos para tratamento na rede da SES-DF. “A implementação da PrEP tem crescido significativamente, com 3.239 pessoas cadastradas recebendo medicamentos para prevenir o HIV”, conta. Acesse no site da Secretaria os locais onde ocorre o fornecimento de PrEP.

A rede pública do DF tem diversas estratégias de prevenção ao HIV e à Aids, como a distribuição de preservativos e medicamentos, como a Profilaxia Pré-Exposição. Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF.

Prevenção

Em dezembro, haverá ações da Secretaria de Saúde em todo o DF em alusão ao mês de luta e prevenção contra o HIV e a aids. A campanha Dezembro Vermelho começará na sexta-feira, 1º, Dia Mundial da Luta Contra a Aids, para orientar a população sobre a importância da prevenção à infecção pelo vírus HIV, causador da aids, e do diagnóstico precoce para melhor qualidade de vida.

Em 2 de dezembro (sábado), atividade no Parque da Cidade terá oferta de testagem e aconselhamento. Na próxima semana, em 6 de dezembro, o Centro Cultural Renato Russo receberá uma oficina de prevenção com a participação do médico e comunicador Jairo Bouer e outros convidados. Na ocasião, ocorrerá um diálogo aberto com os jovens da rede pública de educação do DF.

Onde buscar tratamento

Confira abaixo locais que oferecem atendimento:

  • Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin – antigo Hospital Dia da Asa Sul).
  • Policlínicas de Taguatinga, Ceilândia, Planaltina, Paranoá, Gama e Lago Sul.
  • Ambulatórios de infectologia dos seguintes hospitais: Hospital de Base, Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Hospital Regional de Sobradinho (HRS) e Hospital Universitário de Brasília (HUB).

Além desses locais, as unidades básicas de saúde (UBSs) realizam testes rápidos e oferecem preservativos e gel lubrificante durante todo o ano.

Acesse aqui o boletim na íntegra.

A gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis do DF, Beatriz Maciel, destaca o trabalho do SUS na testagem e no tratamento imediato para garantir queda nos casos e óbitos por aids. Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

 



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FONTEAgência Brasília
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