Representantes de pais de estudantes e dos professores, manifestaram preocupação com início de volta as aulas em meio a pandemia da Covid-19
Por Kleber Karpov
Nesta quarta-feira (22/Abr), o deputado distrital, Jorge Vianna (Podemos), presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) da Câmara Legislativa do DF (CLDF), coordenou uma reunião, on-line, com representantes de pais de alunos de colégios militares e das escolas de gestão compartilhadas do DF. A reunião ocorreu, após o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), solicitar apresentação de estudos para eventual reabertura dessas unidades de ensino médio.
Na reunião, provocada pelos representantes dos pais dos estudantes dessas escolas ao presidente da CESC, contou com a participação dos deputados, membros da Comissão, Rodrigo Delmasso (Republicanos), Reginaldo Veras (PDT), Fernando Fernandes (PROS) e Arlete Sampaio (PT), além do secretario-chefe da Casa Civil do DF, Valdetário Andrade Monteiro, o líder do governo na CLDF, Cláudio Abrantes (Rede), os representantes: da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional DF (OAB-DF), Alexandra Moreschi e Fabrício Reis; do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF), Rosilene Correia e Berenice D’Arc; do Sindicato do Professores da Entidades de Ensino Particulares do Distrito Federal (Sinproep), Rodrigo de Paula; e, da Associação dos Pais e Alunos do DF (ASPA-DF), Alexandre Veloso.
Durante a reunião, ficou claro a preocupação dos representantes dos pais de estudantes dos colégios militares e das escolas compartilhadas, e dos representantes do Sinpro-DF, em relação ao anúncio da reabertura das escolas. Isso por considerarem precipitadas a iniciativa do governador, uma vez que as unidades de ensino não contam com estrutura adequada para lidar com a pandemia do coronavírus (Covid-19) nas salas de aulas, além de profissionais de educação, não contarem com preparo e com insumos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), para retomarem as atividades com estudantes.
A presidente do Sinpro-DF, reconheceu a importância do isolamento social, anunciado pelo governador, no início da pandemia. Porém, Rosilene Correia observou que, escolas com gestão compartilhada, estruturalmente, indefere das demais unidades de ensino e que a única diferença é que são ocupadas por militares.
“Cogitar o retorno as aulas nesse momento, eu quero muito ouvir o governador ou o secretário de Educação, quais os elementos e dados que eles têm para dar o mínimo de tranquilidade a pais, alunos e aos trabalhadores da Educação. Hoje ouvi do governador que é um ataque do sindicato sem necessidade. Não se trata de ataque do Sindicato. Trata-se de defesa da vida daqueles que representamos e no caso estendemos o nosso papel a toda população do Distrito Federal.”, pontuou Rosilene Correia.
Durante a reunião, o chefe da Casa Civil informou que Rocha expediu ofício à Secretaria de Estado de Educação do DF (SEEDF), para que realize estudo do impacto de eventual reabertura das escolas, de gestão compartilhada. Monteiro observou, no entanto, que o governador, não deve tomar decisão sem estudos e embasamentos que deem segurança ao Executivo, para retomar o início das aulas, o que deve ocorrer, inicialmente, com estudantes de nível médio.
“Ele não tem dado um passo sequer, que não seja centrado em dados. A Codeplan [Companhia de Planejamento do Distrito Federal] faz a medição e não há pressão de presidente da República que faça o governador Ibaneis tomar uma decisão abrupta, sem embasamento científico.”.
Na ocasião da reunião, Jorge Vianna, bem como Reginaldo Veras, pediram a participação dos representantes dos pais dos estudantes dos colégios militares e escolas de gestão compartilhada, bem como de entidades sindicais, nas iniciativas que tratam do retorno as aulas dos estudantes de nível médio. Sugestão essa acatada pelo chefe da Casa Civil.
Confira a reunião
Confira posição de Jorge Vianna sobre a reunião
Fonte: Jorge Vianna