Comissão eleitoral do SindSaúde-DF falsifica ‘Desistência de Chapa’ de oposição a Marli Rodrigues?



Polícia Federal deve investigar o caso, após segunda suspensão do processo eletivo do SindSaúde, pelo Tribunal Regional do Trabalho

Por Kleber Karpov

Com eleições agendas para os dias 28, 20 e 30 de março, uma Juíza da 7a Vara do Tribunal Regional do Trabalho 10a Região (TRT-DF) voltou a suspender, pela segunda vez, as eleições para a escolha da nova diretora do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde do DF (SINDSAÚDE-DF).

De acordo com fonte de Política Distrital (PD), que pede para não ser identificada, o motivo agora parece ser “um pouquinho mais grave pois houve falsificação de documento que pode estar associada a membro da Comissão Eleitoral, indicada pela senhora Marli Rodrigues”.

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A Comissão Eleitoral do processo eletivo do SINDSAÚDE-DF foi indicada por membros das chapas concorrentes e não obedece regras igualitárias. Nesse contexto, dos quatro membros indicados, três são indicações da Chapa 1, encabeçada por Marli Rodrigues, e apenas um,  do concorrente Elias Lopes.

Falsificação?

Com a suspensão do processo eletivo, a Chapa 1 que segue sem concorrente, pode assistir nova reviravolta na disputa eleitoral do SINDSAÚDE-DF.  Isso porque, de acordo com a fonte de PD, a suspensão do processo eletivo por parte do TRT-DF, ocorreu, entre outros motivos, por denúncia de falsificação de assinatura, em ficha de Desistência de Chapa, datado de 23 de fevereiro, de membro da chapa opositora à Chapa 1, de Marli Rodrigues. Segundo a fonte, a realização de uma perícia, por meio de exame grafotécnico, confirmou a falsidade da assinatura do documento Desistência de Chapa.

Nesse contexto, impedido de concorrer e, após constatar a fraude, o candidato da chapa, Elias Lopes voltou a acionar à Justiça pelo que chamou de “desfalque fraudulento”, na composição da chapa de oposição à atual gestão.

Reprodução fornecida por fonte de Política Distrital

 

Polícia Federal? (VIDE ERRATA NO RODAPÉ DA MATÉRIA)

De acordo com a fonte, embora o caso tenha ocorrido na Região Administrativa de Brazlândia, o caso deve ser denunciado, na próxima segunda-feira (20/Mar), e  investigado pela Polícia Federal (PF). Isso porque, uma vez que o processo eleitoral estava em andamento, por força de um acordo homologado no TRT-DF, órgão vinculado à esfera federal, o investigação do suposto crime, consequentemente, será realizado pela PF.

O que diz a Chapa 1?

Uma nota atribuída à chapa 1, encabeçada por Marli Rodrigues, o autor do documento afirma receber com estranheza a segunda suspensão das eleições do SINDSAÚDE-DF, por parte da juiza da 7a Vara do TRT-DF. O documento afirma também que “como na primeira vez essa decisão será reformada.”, e faz disparos de acusações e críticas a “os ataques sórdidos desferidos contra a entidade”, além de mencionar que “O departamento jurídico da Chapa 1, estudará todas as medidas cabíveis para assegurar as eleições previamente marcadas.”.

Confira a nota da íntegra

“A juiza da 7° vara do Trabalho, suspendeu as eleições do SINDSAUDE, marcadas para os dias 28, 29 e 30 de março.

Estranhamente, é a 2° vez que ocorre uma decisão, em caráter liminar, nos mesmos moldes, sem ouvir a chapa 1, Reinventar e Resistir. Todos contra Rollemberg!

Recebemos a notícia com tranquilidade e com a certeza de que, como na primeira vez, essa decisão será reformada.

Temos consciência que, estamos lutando contra uma máquina poderosa, que é o Governo do Distrito Federal.  Sabemos que irão usar todos os artifícios para confundir e enganar, a justiça e os servidores.  Não terão êxito! Fomos forjados na luta e não fugimos ao combate.  A nossa candidatura à reeleição é o atendimento ao chamamento feito pela categoria que reconhece todo o trabalho desenvolvido na gestão de Marli Rodrigues.

Não é de se espantar todos os ataques sórdidos desferidos contra a entidade que mais combate os desmandos do governo.

Nada disso irá nos intimidar! Continuaremos a combater a terceirização e a entrega de nossa rede, às organizações sociais. Lembramos ainda o ataque contra um dos maiores patrimônios do DF. Desmontar o Hospital de Base, maior hospital público do DF, para transformá-lo, num hospital para as elites, como o Sarah Kubistcheck.  Além, de virar cabide de emprego para seus aliados políticos!

Aliciamento e ameaça a participantes da chapa, bem como, a inserção de figuras mal intencionadas que se dispõem a fazer o jogo sujo, da oposição, faz parte da rotina de atuação desses oportunistas. Nunca participaram de uma luta, de uma conquista, mas, se movimentam nas sombras, para aparelhar o nosso sindicato com o governo.

O departamento jurídico da chapa 1, estudará todas as medidas cabíveis para assegurar as eleições previamente marcadas.

Na 1° audiência, o juízo abriu a exceção para os membros do governo, que exerciam cargos comissionados se candidatarem. O que eles pedem agora? Que o próprio Rollemberg entre na chapa???(SIC)”.

Entenda o caso

No final de julho de 2015, a revistas Isto É e Metrópoles vazaram áudios de reuniões gravadas por Marli Rodrigues envolvendo o vice-goverandor do DF, Renato Santana, o ex-ouvidor da vice-governadoria, Valdeci Medeiros, o ex-secretário de Saúde do DF, Fábio Gondim e outros personagens ligados ao Executivo.

No entanto, em um dos áudios, Marli Rodrigues barganhou a representação sindical e leilou a categoria, que representa votos, ao recorrer ao  vice-governador para promover a transferência do técnico em radiologia, Antônio de Aristeu Torres Vianna, da regional do Cruzeiro. Isso porque com a transferência de Aristeu, Elias Lopes, ficaria impedido de montar uma chapa para concorrer com a Sindicalista.

Com o vazamento dos áudios, a sindicalista buscou outro meio, há poucos dias do processo eletivo no Sindicato, Marli Rodrigues, chamou assembleia em que mudou a quantidade de pessoas necessárias para compor uma chapa, além de criar um ‘dispositivo’ que impedisse que servidores da Saúde que tivessem participado da gestão pudessem participar da gestão do Sindicato.

Opinião

Um bom caminho para resolver o imbróglio das eleições do SindSaúde-DF, considerando que Marli Rodrigues anunciou que a categoria saberá separar “O joio do trigo” e o também diretor do Sindicato, Elias Lopes, foi denunciante do esquema de desvio de mais de R$ 2 milhões por parte da Sindicalista, seria uma intervenção por parte do TRT no processo eletivo da Entidade, para coordenar e garantir a lisura do processo eletivo da entidade.

Embora a Chapa 1 tenha publicado uma nota, com a palavra, as Chapas que concorrem no referido processo eletivo.

Erramos:

Política Distrital mencionou que o caso será investigado pela Polícia Federal, porém, tal versão foi refutada pelo advogado do SindSaúde-DF e confirmado pelo blog com advogados. Embora a denúncia tenha sido apresentada ao TRT 10a Região, a procedência da investigação será efetuada pela Polícia Civil do DF (PCDF).

Atualização: 22/3/17 às 3h57 para publicação de Errata



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