Como se proteger do coronavírus ao ir às compras



Usar máscara, manter o distanciamento e tocar somente no que será levado para casa são algumas das recomendações da Secretaria de Saúde

Com a pandemia mundial de coronavírus, a população deve tomar alguns cuidados na hora de ir às compras. Principalmente ao manusear alimentos e em relação a como agir dentro de supermercados e feiras.

Infectologista do Hospital Regional da Asa Norte, Joana Darc Gonçalves esclarece que o novo vírus (Sars-CoV-2) é transmitido a partir de gotículas expelidas pelo nariz e pela boca, que podem ficar suspensas no ar ou grudadas em superfícies. Por isso é essencial o uso da máscara facial ao sair de casa.

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“Quando for às compras a primeira coisa a se fazer é higienizar as mãos e depois colocar a máscara, pois ela irá nos proteger contra eventuais gotículas suspensas no ar, ou de pessoas que não respeitem as regras de distanciamento e cheguem perto. Segundo, é respeitar a distância mínima. É bom utilizar a medida de um carrinho como forma de medição”, orienta.

Além disso é necessário higienizar o carrinho ou cestinha e, após isso, passar álcool em gel nas mãos. A infectologista também frisa a importância de ir ao supermercado em horários em que o local esteja mais vazio.

“Dentro do supermercado, o ideal é evitar tocar em tudo. Se tiver que escolher frutas e verduras, é importante verificar se tem um local para lavar as mãos e fazer essa higienização após escolher os produtos. Procurar ler os rótulos antes de pegar os produtos nas prateleiras. O ideal é só pegar no que for levar para casa”, explica.

Limpeza de balcões e demais superfícies é obrigação dos comerciantes | Foto: Breno Esaki / Secretaria de Saúde

De acordo com Joana Darc, no caixa é ideal manter a distância com relação a quem está atendendo. Além disso, limpar o cartão de crédito após o uso ou quando chegar em casa. Ao chegar à residência, higienizar as mãos com água e sabão e limpar as embalagens dos produtos antes de guardá-los em armários ou geladeiras.

Feiras

Quando as compras são feitas em feiras, as medidas de proteção seguem as mesmas sugeridas para supermercados.

Segundo a infectologista, em relação a vegetais e verduras o princípio é o mesmo do supermercado: evitar tocar e pegar só o que for levar. Quando chegar em casa, lavar tudo com água corrente e colocar umas gotas de água sanitária para inativar qualquer tipo de vírus.

Nos casos de compra de alimentos para consumo imediato, Joana Darc explica que é preciso ter muito cuidado, principalmente com relação a onde é feito tal alimento, como é manipulado e se a pessoa que está servindo respeita as precauções adequadas – caso esteja contaminada, ela pode transmitir a doença se falar próximo a um alimento que vai ser consumido imediatamente.

Temperatura corporal acima de 38 graus é sinal de alerta para estabelecimentos | Foto: Breno Esaki / Secretaria de Saúde

Por isso é importante ter a certeza de que o vendedor está seguindo todas as medidas de precaução contra a Covid-19.

Distanciamento

“É válido destacar que o distanciamento é muito importante, mesmo que as pessoas estejam de máscaras, porque você nunca sabe como está a máscara do próximo, se foi higienizada corretamente, há quantas horas está sendo usada, a forma correta de utilização”, acrescenta a especialista.

Além disso, é fundamental preferir locais mais arejados. Segundo Joana Darc, muitos estudos já comprovam que a luz solar também inativa as partículas virais mais rapidamente. Então, sempre que possível, preferir ambientes com luz solar e que estejam arejados, porque o movimento de ar faz com que as partículas contaminadas caiam mais rapidamente no solo, evitando a contaminação.

Fiscalização

Para verificar se as medidas de proteção estão sendo respeitadas e seguidas corretamente, a Vigilância Sanitária já fez várias notas técnicas específicas para combater a proliferação da Covid-19, com diversas orientações para os estabelecimentos – higienização constante, aferição da temperatura dos clientes, disponibilização de álcool em gel etc.

Mãos devem ser asseadas com álcool em gel antes e depois das compras | Foto: Breno Esaki / Secretaria de Saúde

“Percorremos os supermercados do DF inteiro há dois meses. Exigimos barreiras nos caixas, limpeza de máquinas de cartão, máquinas registradoras, higienização de carrinhos e cestas, marcação e organização de filas. Mas, assim mesmo, ainda encontramos muitas filas. Lotéricas cheias, mercados sem respeitar as filas etc”, relata o gerente de Alimentos da Vigilância Sanitária, André Godoy.

Entre as orientações para os comerciantes estão: afixar material com as orientações e disponibilizá-lo em locais visíveis aos clientes, como balcões de atendimento, caixas, portas de acesso ao estabelecimento e sanitários; estar dotado de pia para lavagem de mãos para clientes, com sabão líquido, papel toalha e lixeira disponíveis, quando couber; fornecer, em locais estratégicos, álcool gel a 70% para clientes; e suspender o consumo de alimentos em comércio varejista e atacadista, entre outras.

Para os consumidores também há recomendações. Exemplos: evitar aglomerações e longa permanência nos estabelecimentos, mantendo distância de dois metros de outras pessoas, inclusive nas filas; disponibilizar somente uma pessoa por família para a realização das compras, evitando a presença de idosos; quando possível, pagar suas compras com cartão, diminuindo o contato com o funcionário do caixa, evitando manusear cédulas e moedas.

Além disso, usar álcool gel a 70% após tocar superfícies, produtos e outras pessoas; evitar falar excessivamente, rir, tossir, bocejar, espirrar, tocar nos olhos, nariz e boca enquanto escolhe os produtos expostos; preferir produtos previamente embalados, evitando tocar os produtos em exposição; e não degustar bebidas e alimentos no interior dos estabelecimentos comerciais, entre outras orientações.

Fonte: Agência Brasília



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