Conselho Federal da OAB apoia o impeachment de Dilma Rousseff



Por Kleber Karpov

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) se reuniu, na noite desta sexta-feira (18), em caráter extraordinário onde discutiram com conselheiros seccionais e decidiram, com apenas dois votos contrários dos 27 votantes, acompanhar o voto do advogado, Erick Venâncio, relator, favorável ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Ao término das votações o conselheiro, presidente da OAB, Cláudio Lamachia: “Este não é um momento de alegria para mim e tenho certeza que não é para nenhum dos senhores. Nós gostaríamos de estarmos aqui hoje nesse momento a comemorar o sucesso de um governo, a comemorar avanços na saúde, na educação e na segurança para o povo brasileiro. Por isso que deve ficar extremamente claro que não estamos aqui a comemorar. Esta é uma decisão muito séria mas a todos nós traz tristeza. Essa decisão foi consignada por uma democracia muito significativa para o seio do sistema OAB. Isto tem que ficar claro para todos os nossos colegas e para a sociedade brasileira.”, afirmou.

Participação democrática

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Segundo o presidente da OAB, Claudio Lamachia, a diretoria da entidade solicitou aos 27 presidentes de Seccionais que debatessem o tema com os conselheiros seccionais, para que a decisão seja a mais democrática possível no âmbito da Ordem.

“Agimos desta forma porque não poderíamos tomar decisão de tal magnitude se não tivéssemos participação de colegas eleitos de forma democrática e direta, por quase um milhão de advogados brasileiros. Também solicitei aos presidentes que convocassem conselheiros federais para os debates”, explicou Lamachia.

Além da reunião do Conselho Pleno, participaram dos debates, assim como diversos membros honorários vitalícios e detentores da Medalha Rui Barbosa.

AGU defende Dilma

201603181515437777A decisão da OAB ocorre mesmo após o Advogado-Geral da União, ministro José Eduardo Martins Cardozo, comparecer à OAB para pedir apoio dos membros da Ordem em relação à presidente Dilma Rousseff.

Em defesa de Dilma, Cardozo chegou a argumentar: “Não sei se tudo que está lá (na delação de Delcídio) é mentiroso. Todos os citados, inclusive os da oposição, devem ser investigados e não prejulgados. Inclusive o presidente do maior partido da oposição. Não é justo um pedido de impeachment ou um pedido de cassação do senador Aécio Neves. Agora, se a Ordem for fazer isso, fará pedindo cassação de Dilma, de Aécio e demais citados. Seria uma questão de coerência”, afirmou Cardoso.

Novo pedido?

Com os votos, o Conselho Federal da OAB deve decidir se entra com um novo pedido de impeachment ou se endossa o que tramita na Câmara dos Deputados.



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