Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro mostra preocupação com saúde durante os Jogos



Entidade cobra medidas que garantam atendimento à população. Fiscalizações apontaram problemas na rede pública.

Por Alba Valéria Mendonça

Em coletiva realizada nesta sexta-feira (20), na sede do Conselho Regional de Medicina (Cremerj), em Botafogo, na Zona Sul do Rio, a 77 dias dos Jogos Olímpicos, a entidade demonstrou preocupação com a situação da saúde na cidade. Segundo o presidente Pablo Vázquez, atletas e delegações serão bem atendidos, mas há dúvidas de como será a assistência à população e aos cerca de 800 mil turistas que devem vir ao Rio.

Entre as preocupações levantadas pelo Cremerj esta o atendimento de urgência e emergência que será feito pelas UPAs, mas elas já estão sobrecarregadas. O vice-presidente Nelson Nahon destacou que hoje há um déficit de 150 a 200 leitos de CTI diários na rede, que hospitais do interior foram fechados e que sobrecarregAm ainda mais a rede da cidade.

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“O principal hospital de referência para os Jogos é o Lourenço Jorge, mas não há um polo de neurocirurgia. A gente não sabe se há leitos de retaguarda em outras unidades, em caso de crise. Também não sabemos detalhes no que se refere ao transporte de pacientes. Não sabemos que vias vão ser fechadas para a passagem das ambulâncias. A gente sabe que há déficit de pessoal e de insumos e estamos preocupados com o atendimento à população”, disse Nahon.

Integrante da Câmara Técnica de Segurança do Paciente, do Cremerj, Alfredo Guarischi se mostrou preocupado com a falta de diálogo entre as três esferas de governo para garantir a saúde nos Jogos. Ele destacou que o Comitê Rio 2016 garantiu a contratação de 140 ambulâncias e de quase mil profissionais por 60 dias para atuar nos Jogos.

“Precisamos saber se esses profissionais são qualificados e capacitados para o trabalho. Esse pessoal precisa ter treinamento adequado. As soluções para essas preocupações existem, mas requerem fiscalização e transparência para garantir a saúde da população.”, disse Guarischi.
Vázquez diz que as preocupações são muitas e há tempo pra solucioná-las.

“Hoje governo federal, estaduais municipal estão fazendo um investimento extraordinário para garantir que tudo corra bem. Mas ainda precisamos saber dos detalhes desse planejamento e saber a quem cabe a responsabilidade em momento de crise, para que não ocorra por exemplo o que houve com a ciclovia da Niemeyer, que ninguém sabe quem é o responsável. Precisamos cobrar esses detalhes das autoridades, sem causar alarmismo”, concluiu Vázquez.

Fonte: Globo.com



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