CONTRADIÇÃO: Quando a lama da Vale chega ao lamaçal do Congresso



Por Renato Souza

Manifestantes que protestavam na Câmara contra o desastre ambiental em Minas Gerais foram presos por crime ambiental, nesta quinta-feira (25). Segundo a “BBC Brasil”, o auto de prisão feito pela Polícia Legislativa diz que os manifestantes foram detidos com base na lei de crimes ambientais (9.605/98).

O documento oficial cita o artigo 65 (“pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano”), além dos artigos 140 (injúria) e 329 (resistência) do Código Penal. A presidência da Câmara afirmou em nota à imprensa que “jovens que teriam entrado na Câmara como visitantes picharam o local com uma substância que se assemelha a lama”. Os manifestantes estavam com faixas com frases do tipo: “terrorista é a Vale”.

A frase faz referência a responsabilidade de uma das donas da mineradora Samarco, que administrava as barragens de rejeitos que se romperam em Minas Gerais. O desastre derramou 60 bilhões de litros de lama no Rio Doce. A lama já chegou ao mar e causa inúmeros danos ao meio ambiente no sudeste do Brasil. Os manifestantes continuam presos. Os responsáveis pela tragédia que matou ao menos 11 pessoas e desabrigou 800 continuam soltos. Foto: divulgação.

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