Por Ana Paula Siqueira
Brasília vai sediar a 6ª Conferência Internacional da Rede Global de Museus da Água (Global Network of Water Museums – GWMN). Iniciativa do Programa Hidrológico Intergovernamental da Unesco (Intergovernmental Hydrological Programme (IHP), o evento será realizado entre 3 e 7 de novembro. De acordo com os organizadores, será um espaço para dar visibilidade aos 130 museus da água distribuídos em 44 países.

“A iniciativa fortalece nosso protagonismo como cidade sustentável que protege as águas, o meio ambiente e o futuro; ao mesmo tempo, reafirma a nossa presença como cenário de grandes eventos internacionais”
Celina Leão
governadora em exercício
O encontro ocorre uma semana antes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), agendada para novembro, em Belém (PA). O evento foi apresentado à governadora em exercício Celina Leão pelos diretores da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) Rogério Rosso, Apolinário Rebelo e Felix Palazzo. Também participaram da apresentação o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Luis Antonio Reis, e o diretor executivo da Rede Global de Museus da Água, Eriberto Eulisse.
A governadora em exercício ressaltou que o Distrito Federal está em uma região altamente relevante, especialmente pelo expressivo número de nascentes da região. Atualmente, 6.124 nascentes foram mapeadas em todo o DF. “A iniciativa fortalece nosso protagonismo como cidade sustentável que protege as águas, o meio ambiente e o futuro; ao mesmo tempo, reafirma a nossa presença como cenário de grandes eventos internacionais”, pontuou Celina.
Memorial internacional
Ainda em 2024, a Adasa lançou o projeto do Memorial Internacional da Água – MINA. O local terá papel estratégico e disseminador de informações e discussões sobre a necessidade da adoção de práticas responsáveis de uso da água. O projeto foi concebido por Oscar Niemeyer, já é filiado à rede global desde 2024 e será implantado em Brasília. Durante a Conferência da Rede Global de Museus da Água, a Adasa vai lançar oficialmente o projeto, destacando a relevância do MINA.
“Será uma oportunidade para promover o intercâmbio de experiências e ampliar o diálogo internacional sobre a importância da água como bem comum da humanidade”
Rogério Rosso
diretor da Adasa
“Receber a conferência é uma honra e uma grande responsabilidade”, lembrou o diretor da Adasa Rogério Rosso. “Será uma oportunidade para promover o intercâmbio de experiências e ampliar o diálogo internacional sobre a importância da água como bem comum da humanidade.”
Rosso também destacou o apoio institucional do governador Ibaneis Rocha e da governadora em exercício Celina Leão ao projeto MINA, que ele considera fundamental para o fortalecimento do papel de Brasília na gestão da água.
“Estamos buscando apoio e recursos de entidades e de organismos internacionais para transformar o Memorial Internacional da Água em uma espécie de ONU das Águas, reunindo representações de diversos países e promovendo uma cooperação global”, reforçou.
Eriberto Eulisse, por sua vez, avaliou que o evento será uma vitrine para os 130 museus da água distribuídos em 44 países. “O projeto MINA está totalmente alinhado com essa iniciativa global”, disse. “Ele vai reunir exposições temáticas e um programa educativo voltado à valorização e preservação da água, representando uma expressão concreta desse movimento internacional”.
Também participaram da apresentação o ouvidor da Adasa, Fernando Freitas, do procurador Carlos Valenza e dos membros da equipe do projeto MINA.