Por Érica Montenegro e Luciana Lima
O Ministério de Ciência e Tecnologia e Inovações organizou coletiva de imprensa nesta segunda-feira (19/10) para afirmar que o medicamento nitazoxanida, cujo nome comercial é Annita, apresentou bons resultados em pesquisa realizada com pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2, vírus que causa a Covid-19.
De acordo com as informações repassadas pela líder do estudo e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Patrícia Rocco, o medicamento foi capaz de reduzir a carga viral em pacientes que receberam o tratamento. A redução da carga viral contribui tanto para que quadros mais graves da doença não se manifestassem como para que os pacientes se tornem menos contagiosos.
O estudo clínico contou com 1,5 mil voluntários e foi iniciado após a comprovação de que o remédio funcionava contra o Sars-CoV-2 em laboratório. O remédio foi administrado três vezes ao dia durante cinco dias para pacientes com sintomas inicias. Os testes incluíram 7 hospitais, entre eles o Hospital de Ceilândia no DF.
A pesquisadora, entretanto, não apresentou os dados completos do estudo – quantos receberam o medicamento, qual foi o percentual de eficácia apresentado, qual a diferença encontrada em relação ao grupos controle. De acordo com ela, a pesquisa precisa continuar inédita pois será apresentado à uma revista científica.
As informações repassadas, entretanto, foram suficientes para que o ministro Marcos Pontes, sugerisse o uso do medicamento como tratamento precoce para evitar o agravamento da Covid-19. “É uma ferramenta que o Brasil tem agora para ajudar a salvar vidas”, afirmou.
Pontes comparou a pesquisa nacional à uma revolução no tratamento aos pacientes. “Estamos anunciando algo que vai mudar a história da pandemia”, afirmou. O presidente Jair Bolsonaro estava presente ao evento.