CPI DA SAÚDE: Ex-Secretário revela problemas e motivos para a saída do cargo



“A estrutura era feita para não funcionar” relata Gondim

Por Ana Comarú

Em meio às denúncias contra os parlamentares que compõem a CPI da saúde, a mesa diretora e até a presidente da CLDF, Celina Leão, foi realizado na manhã desta quinta-feira (18/08) o depoimento do ex-Secretário de Saúde da SES-DF, Fábio Gondim, à Comissão Parlamentar de Inquérito da Saúde do DF.

Gondim que permaneceu na pasta por apenas 6 meses, dissecou todos os problemas de gestão e troca de informações entre os sistemas de escala e frequência. “A falta de sistema de informações gerenciais me assustou. Temos uma empresa de 7,5 bilhões de reais que é o que a SES-DF gasta por ano, e a empresa não tem sistema de informações gerenciais” denuncia.

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Ele apontou a falta de controle na distribuição e compra de medicamentos. Com um déficit de 6 bilhões, o desbastecimento de medicação era extremamente grave, “Algo entorno de 20, 30% de abastecimento de medicamento, eram 400 e tantos medicamentos faltando de uma lista de 700 e sem dinheiro para recompor os medicamentos, insumos e materiais hospitalares era ainda mais grave e não pudemos resolver ao longo de 2015 por falta de orçamento” relata Gondim.

O ex- Secretário de saúde na época chegou a sugerir que fosse feito um sistema de dispensação individual, que segundo ele, renderia uma economia de 30% de 700 milhões, resultando em 210 milhões ao ano. “Teríamos um hospital do Câncer a mais por ano, totalmente equipado”

Motivos da saída
Gondim afirmou não ter tido problemas com o Governador Rodrigo Rollemberg. Porém durante o depoimento citou a difícil relação com o atual subsecretário de saúde, Marcello Nóbrega como um dos possíveis motivos para a saída do cargo. Segundo relatou à CPI, o atual subsecretário costumava ter “postura agressiva” com alguns servidores. Nóbrega não perdia a oportunidade de mostrar liderança ostensiva e aproximação com o governador Rodrigo Rollemberg.

“Em fevereiro, me chegou a informação de que um pagamento de R$ 30 milhões que foi realizado e beneficiou algumas pessoas. Não me lembro se me trouxeram os nomes dos beneficiados, mas este foi um dos primeiros alertas de que talvez houvesse algo mais grave com o que eu deveria me preocupar”, afirmou Gondim.

O ex-gestor disse que na mesma época pediu ao governador Rodrigo Rollemberg a exoneração do ex-subsecretário de Logística e Infraestrutura de Saúde Marcello Nóbrega e do ex-diretor do Fundo de Saúde Ricardo Cardoso. Gondim disse que o pedido não foi negado pelo chefe do Executivo, mas que ele pediu uma segunda conversa para esclarecer o assunto.

Fonte: Sindate-DF



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