Por Judite Cypreste
Pedro Alberto tem 46 anos e trabalha como técnico em imobilização ortopédica em um hospital particular na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. Pela profissão e pela idade, ele já deveria ter tomado ao menos a primeira dose de alguma das vacinas contra o coronavírus em uso no país. Pedro, contudo, não tomou – porque não quis.
Apesar dos diversos testes publicados, revisados por cientistas nacionais e internacionais, e a autorização da Anvisa, agência responsável pela autorização das vacinas no país, Pedro não acredita na eficácia dos imunizantes.
“Por que vou tomar vacina se existe um medicamento recomendado pelo presidente da República?”, questionou, em referência à cloroquina, medicamento cujo uso é incansavelmente defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), embora não tenha eficácia cientificamente comprovada contra a Covid-19.