Curso para primeiros-socorros em ambientes escolares inicia aulas práticas

Gratuita, a capacitação é dada por docentes da Escola Técnica de Saúde de Brasília e orienta profissionais de saúde e de educação



A primeira aula prática do curso para primeiros-socorros nas escolas foi realizada nessa quinta-feira (9), com alunos que obtiveram avaliação positiva durante as aulas virtuais – um pré-requisito para participar do momento presencial. Com carga horária de 20 horas, sendo 15 online e cinco práticas, o curso teve 336 inscritos, no período de 15 a 19 de abril, quando a Escola Técnica de Saúde de Brasília (Etesb) divulgou a nova capacitação. Ainda serão realizadas outras aulas práticas neste mês e em datas futuras, a fim de atender toda a demanda.

Aulas práticas são realizadas na Etesb para simular casos de emergência e formas de socorro | Foto: Divulgação/Fepecs

O curso, que é gratuito e aberto à comunidade, tem como objetivo evitar possíveis acidentes em ambientes escolares. Como a carga horária é pequena, durante as aulas são apresentadas apenas noções básicas de primeiros-socorros, mas que são capazes de administrar casos de engasgos, fraturas, queimaduras e até convulsões. Apesar das técnicas utilizadas nas aulas práticas, o gerente de cursos da Etesb, Sávio Alves, afirma que “a pessoa que realiza o curso não está capacitada a ser socorrista, mas com certeza está apta a auxiliar em uma emergência escolar”.

“A gente torce para que não seja preciso atuar, para que não tenha nenhuma emergência, mas se houver, temos que estar preparados para agir. Acredito que o aprendizado do curso vai aprimorar ainda mais o meu trabalho”

Isaque Batista da Silva
brigadista da Fepecs

Ao idealizar o curso, os docentes da Etesb pensaram no modelo de Educação a Distância (EaD) para alcançar o máximo de pessoas, tendo em vista a facilidade de assistir às aulas em um intervalo do trabalho ou à noite. Mesmo assim, é necessário se dedicar, prestar atenção aos conceitos e ser habilitado na avaliação final, que possibilita a participação nas aulas práticas, ministradas por uma enfermeira do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e um fisioterapeuta – ambos docentes da Etesb.

Publicidade

As aulas práticas acontecem nas dependências da Etesb, em sala ambientada para a ocasião, com espaço para demonstrar as manobras, apresentar casos de emergências e formas de socorro. “Após participar do curso, a pessoa pode, por exemplo, salvar a vida de uma criança que esteja engasgando na escola”, diz Sávio.

Aprimorando a profissão

O brigadista da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) Isaque Batista da Silva foi um dos primeiros a se inscrever no curso. Assim que soube da capacitação, surgiu o interesse, pois o ambiente em que trabalha abrange as três escolas que estruturam a Fepecs e conta com muitos estudantes. Segundo ele, “a oportunidade de fazer um curso com profissionais de saúde e de forma gratuita é imperdível”. O profissional também conta que durante sua formação, não teve aulas com “tamanha profundidade de conteúdo, como os que são apresentados nas aulas virtuais”.

Profissionais de saúde e de educação e pessoas da comunidade em geral se inscreveram para participar do curso

A equipe responsável pela parte pedagógica do curso teve a preocupação de inserir protocolos úteis a todo tipo de situação, desde uma ocorrência mais simples, até um contexto que seja necessário o deslocamento ao hospital. Dessa forma, a pessoa que assiste às aulas está apta a identificar a gravidade do problema e a melhor maneira de agir, levando em conta o tempo para os primeiros socorros.

Trabalhando na Fepecs, Isaque já precisou atuar em algumas situações de socorro. Ele lembra que, em um fim de semana, um colega vigilante sofreu um desmaio, e, em outra ocasião, foi necessário estancar o sangramento de um colaborador que cortou a mão. Em situações como essas, os primeiros-socorros são fundamentais, pois evita que haja desdobramento para algo mais grave. “A gente torce para que não seja preciso atuar, para que não tenha nenhuma emergência, mas se houver, temos que estar preparados para agir. Acredito que o aprendizado do curso vai aprimorar ainda mais o meu trabalho”, conclui o brigadista.

Certificação

As aulas práticas dependem da habilitação na parte teórica, por isso nem todos passam à segunda fase, que garante a certificação. O momento presencial é de livre escolha do cursista, que pode optar pelo período matutino ou vespertino, com carga horária de 5 horas.

 



Política Distrital nas redes sociais? Curta e Siga em:
YouTube | Instagram | Facebook | Twitter










FONTEAgência Brasília
Artigo anteriorVitrine de novas tecnologias, AgroBrasília 2024 terá mais de 550 expositores
Próximo artigoMissão do DF no Rio Grande do Sul já resgatou 149 pessoas e 45 animais