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22 dez 2024 23:53


De janeiro a agosto foram registrados 1.616 acidentes com animais peçonhentos no DF

As maiores incidências são acidentes com escorpião, com 1.207 acidentes

De janeiro a agosto de 2020 a Vigilância Epidemiológica do Distrito Federal registrou 1.616 acidentes com animais peçonhentos. Desses casos, 103 casos eram de moradores do entorno. O animal com maior número de ocorrências é o escorpião, que resultou em 1.207 acidentes. Também há registro de ocorrências com serpentes, aranhas, abelhas e lagartas.

A notificação desses acidentes é compulsória e os números são monitorados pela Vigilância epidemiológica que comunica ao Ministério da Saúde. A partir dos dados é possível prever o estoque necessário de soros contra os diferentes venenos para assegurar a reposição ao longo do ano nas unidades de saúde da rede.

As equipes da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) da Secretaria de Saúde monitoram esses dados a fim de garantir a quantidade de soro contra os diferentes venenos sempre disponíveis nos hospitais da rede pública de saúde. A Divep consolida os dados de acidentes com esses animais. Veja os dados de janeiro a agosto de 2020:

Quem devo chamar?

A Vigilância Ambiental deve ser acionada em caso de surgimento de escorpiões, aranhas, lagarta e lacraia pelos números 160 e 2017-1344 ou pelo e-mail gevapac.dival@gmail. A vigilância faz a captura, o monitoramento e identificação. Ao receber a ligação, ou e-mail, os técnicos da Vigilância Ambiental fazem o agendamento da inspeção. No momento da ligação, são passadas orientações ao morador indicando como proceder enquanto a inspeção não é realizada.

Após o agendamento, uma equipe é enviada à residência e faz a coleta dos animais existentes, com busca em caixas de esgoto, entulhos e outros locais. “Verificamos as condições que existem na casa ou apartamento que favorecem a entrada desses animais ou abrigo deles. A gente acaba orientando a população a adotar algumas medidas preventivas e de controle”, esclarece Martins.

Se encontrar um enxame de abelhas, o Corpo de Bombeiros deve ser acionado pelo telefone 193. Se o animal for uma serpente, o Batalhão de Polícia Ambiental deve ser chamado, pelo 190. Embora a Vigilância Ambiental não faça captura desses últimos animais mencionados, cabe ao órgão a orientação e a educação da população sobre os cuidados de prevenção para evitar os acidentes.

Neste ano, a Vigilância Ambiental recebeu 1,2 mil solicitações de inspeções ou retirada de animais peçonhentos.

Como evitar?

Escorpiões

O escorpião é o animal que lidera as ocorrências de acidentes no Distrito Federal. O aracnídeo gosta de se esconder em materiais de construção, caixas de esgoto, entulho, frestas e buracos em paredes, além de caixas de fiação elétrica, de telefone e tomadas abertas. Para evitar o surgimento deles é importante tomar uma série de medidas, como:

Também é necessário redobrar os cuidados para evitar o aparecimento de baratas, pois elas são a fonte de alimento dos escorpiões. A estação chuvosa propicia o aumento de ocorrência de solicitações de captura do animal. No entanto, a Diretoria de Vigilância Ambiental registra chamados em todos os meses. Isso porque esses animais encontram condições favoráveis de sobrevivência.

A Dival alerta que não existe inseticida comprovadamente eficaz para combater escorpiões.

Atendimento na rede pública

Em caso de acidentes, o paciente deve procurar o mais rápido possível a emergência do hospital regional ou UPA mais próxima para o atendimento e, se necessário, receber o soro compatível. Apenas os hospitais referência para a Covid-19 tiveram esse tipo de atendimento suspenso, assim, os pacientes que buscariam atendimento no Hospital Regional da Asa Norte devem procurar o Hospital Regional do Guará ou outro nas proximidades.

Prevenção

Na ocorrência de acidentes, a Secretaria de Saúde conta também com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) do Samu, referência no atendimento aos pacientes picados e funciona 24 horas por dia. O Ciatox possui equipe multidisciplinar de médicos, enfermeiros e farmacêuticos que prestam orientação à população. Em caso de ocorrência, disque 0800-644-6774.

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