20.5 C
Brasília
17 abr 2025 06:25

Delegacias da Mulher passam a oferecer dispositivo de segurança Viva Flor

Unidades da Asa Sul e de Ceilândia começam a distribuir o equipamento para vítimas de violência doméstica e familiar sem a necessidade de decisão judicial. Aparelho faz chamado direto para viaturas policiais em caso de risco ou ameaça

Carolina Caraballo

O Viva Flor, programa de segurança preventiva voltado para vítimas de violência doméstica e familiar, foi ampliado. A partir desta quinta-feira (21), as duas unidades da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), na Asa Sul e em Ceilândia, poderão oferecer os dispositivos de forma emergencial. Até então, o acesso à tecnologia dependia de decisão judicial, sendo restrito a mulheres que já contavam com medida protetiva.

“A ampliação do Viva Flor permite um atendimento ainda mais célere porque a vítima poderá receber o equipamento ainda na delegacia, antes mesmo da manifestação do judiciário”, avalia o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), Sandro Avelar. “Com isso, teremos a possibilidade de garantir a proteção dessa mulher logo após a comunicação da ocorrência policial”, completa.

Sandro Avelar: “A ampliação do Viva Flor permite um atendimento ainda mais célere porque a vítima poderá receber o equipamento ainda na delegacia, antes mesmo da manifestação do judiciário” | Fotos: Divulgação/ SSP-DF

Criado pelo Governo do Distrito Federal (GDF), o Viva Flor é um aparelho similar a um smartphone, oferecido às vítimas que se encontram em situação de risco extremo. Caso esteja em perigo, a mulher pode usar a ferramenta para acionar o serviço de emergência da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que localiza o chamado com tecnologias de georreferenciamento e destaca a viatura mais próxima para fazer o atendimento.

De acordo com a major Isabela Almeida, chefe do Centro de Políticas de Segurança Pública da PMDF, a corporação segue um protocolo de atendimento criado especialmente para o programa. “O primeiro passo é resguardar a segurança da vítima. Em seguida, procuramos entender porque o dispositivo foi acionado. Verificamos se o agressor está nas proximidades e, se for o caso, efetuamos a prisão”, conta.

Risco extremo

A partir desta quinta-feira (21), as duas unidades da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), na Asa Sul e em Ceilândia, poderão oferecer o Viva Flor

Com a ampliação, o Viva Flor fica reservado para as mulheres que sofreram violência física ou grave ameaça, tentativa de feminicídio e perseguição. O descumprimento de medida protetiva por parte do agressor também pode motivar o uso do dispositivo. A análise da existência de um risco extremo, fator preponderante para que a ferramenta seja disponibilizada, poderá ser feita pelo próprio delegado de polícia.

‌“Uma decisão judicial leva algum tempo para ser expedida. E muitas vezes a vítima saía desprotegida da delegacia de polícia”, observa a delegada-chefe da Deam II, de Ceilândia, Letízia Lourenço. “O judiciário continuará fazendo a indicação de uso do Viva Flor. Mas, em casos emergenciais, a mulher vai concluir o registro da ocorrência e já poderá sair com o dispositivo acionado e em funcionamento”, reforça.

O Viva Flor conta com 750 aparelhos – desses, aproximadamente 380 já estão nas mãos de mulheres em situação de risco. Os equipamentos são usados em regime de alternância – quando a ferramenta não se faz mais necessária, a mulher devolve o dispositivo para que possa ser usado por outra pessoa.

Para a titular da Secretaria da Mulher, Giselle Ferreira de Oliveira, ampliar o alcance do Viva Flor é essencial para a prevenção da violência contra a mulher. “Essa medida é uma resposta da força-tarefa que atua por trás do programa ao aumento dos casos de feminicídio no Distrito Federal”, aponta.

Criado em 2017, o Viva Flor é uma ação conjunta das secretarias de Segurança Pública e da Mulher, das forças de segurança pública, do Ministério Público, da Defensoria Pública e do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.

 

Avança PL que cria a semana de conscientização contra a violência praticada em meio virtual

Por Eder Wen  Conscientizar os estudantes do Distrito Federal sobre...

Projeto de lei cria diretrizes para política de assistência estudantil na UnDF

Por Eder Wen Foi aprovado hoje (16) pela Comissão de...

CFM veta terapia hormonal para menor de 18 anos e restringe cirurgias

Por Paula Laboissière  O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou...

Acordos institucionais fortalecem atuação do sistema de inteligência no DF

Com a formalização de dois Acordos de Cooperação Técnica...

Olha o SUS aí: Operação Semana Santa: apreendida cerca de 1,5 tonelada de pescados

Por Larissa Lustoza A Vigilância Sanitária apreendeu cerca de 1,5...

Destaques

Avança PL que cria a semana de conscientização contra a violência praticada em meio virtual

Por Eder Wen  Conscientizar os estudantes do Distrito Federal sobre...

Projeto de lei cria diretrizes para política de assistência estudantil na UnDF

Por Eder Wen Foi aprovado hoje (16) pela Comissão de...

CFM veta terapia hormonal para menor de 18 anos e restringe cirurgias

Por Paula Laboissière  O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou...

Acordos institucionais fortalecem atuação do sistema de inteligência no DF

Com a formalização de dois Acordos de Cooperação Técnica...

Olha o SUS aí: Operação Semana Santa: apreendida cerca de 1,5 tonelada de pescados

Por Larissa Lustoza A Vigilância Sanitária apreendeu cerca de 1,5...