Dengue: casos aumentam e investimentos em prevenção caem



No ano passado, apenas R$ 1,7 milhão foram gastos em vigilância epidemiológica – em 2013, valor chegou a R$ 28,5 milhões

Os investimentos em vigilância epidemiológica caíram vertiginosamente nos últimos anos na capital federal. O auge dos gastos com prevenção de doenças, como a dengue, por exemplo, foi em 2013, ainda no governo de Agnelo Queiroz, quando foram liquidados R$ 28,5 mil com estas ações. Para 2019, a gestão de Ibaneis Rocha empenhou até agora apenas R$ 798 mil dos R$ 15,5 milhões previstos. As mortes por dengue já somam sete em todo o DF. Para combater o mosquito, governo anunciou que contará com ajuda do Exército.

Os números constam do Sistema Integrado de Gestão Governamental (Siggo) e foram levantados pelo gabinete do deputado petista Chico Vigilante. Nesta semana, Ibaneis concordou que o Distrito Federal vive “uma grave crise de dengue” e anunciou que pediu apoio do Exército para combater o mosquito transmissor da doença. Isso após o registro da sétima morte por dengue e a divulgação DE um balanço que mostrar que, até a semana 12 do ano, foram registrados 5.759 casos. No ano passado, no mesmo período, o DF tinha 831 casos suspeitos e uma morte.

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Para Vigilante, os números alarmantes vêm do baixo investimento em ações de prevenção em 2018: R$ 1,7 bilhão. ”Não adianta combater o mosquito depois que ele está voando por aí. Tem que ser combatido nos meses de julho, agosto e setembro. É preciso ir direto aos criadouros”, pontua. “Se não se investe na prevenção, é claro que os casos disparariam. Estamos alertando para que o governo tome providências a partir de agora e invista o que deve ser investido para não vivermos a mesma situação no próximo ano”, conclui o deputado distrital.

Balanço

Em 2011, a Secretaria de Saúde não computou os casos, conforme os boletins divulgados no site da pasta. Neste ano, foram investidos R$ 1,4 milhão em ações de prevenção no DF.

Em 2012, quando foram investidos efetivamente R$ 3,4 milhões em prevenção, foram registrados 3.429 suspeitas e oito casos de dengue com gravidade. Não houve mortes.

Em 2013, o número de suspeitas saltou para 22.235. Neste ano, nas ações de prevenção foram investidos R$ 28,5 milhões, o maior valor registrado até agora. Foram nove mortes.

Em 2014, o balanço de dezembro contabiliza 19.853 casos de suspeita de dengue e 24 mortes na capital. No mesmo ano, o último de Agnelo no governo, foram investidos pouco mais de R$ 24,1 milhões em ações de prevenção.

Em 2015, o valor caiu para R$ 3,7 milhões. E os casos suspeitos ficaram em 12.957. As mortes por dengue somaram 26.

Em 2016, os investimentos voltaram a subir, mas fecharam o ano em R$ 9,7 milhões. Foram 24.019 casos suspeitos e 22 mortes.

Em 2017, foram 6.650 suspeitas da doença e 12 mortes. Neste ano, os investimentos em prevenção somaram R$ 1,9 milhão.

Já em 2018, último ano de Rollemberg, os investimentos ficaram em R$ 1,7 milhão e os casos somaram 3.932 suspeitas e uma morte.

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Fonte: Poder no Quadrado



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