Dengue: Possibilidade de epidemia em 2024 no Centro-Oeste além do ES e MG preocupa Ministério da Saúde

30,2% dos 4.976 municípios, tem alerta para alta classificação de risco de pandemia pelo Aedes Aegypti



Por Kleber Karpov

Divulgação do Ministério da Saúde (MS), desta sexta-feira (8/Dez), apontam sinal de alerta para alto risco de epidemia de dengue, em 2024, para a Região Centro-Oeste, decorrente de focos do mosquito aedes aegypti, transmissor do vírus que causa a doença. A preocupação se estende ainda aos estados do Espírito Santo e Minas Gerais na Região Sudeste.

“Temos muitas pessoas que, por uma situação menor, não tiveram a doença – principalmente crianças e idosos. São os grupos que mais nos preocupam”, avaliou a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel (à esquerda, na foto).

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Ainda segundo o MS, na Região Sul, o Paraná foi classificado como estado com potencial muito alto para casos de dengue. No Nordeste, os casos devem aumentar, mas abaixo do limiar epidêmico. “Vamos seguir monitorando”, disse a secretária.

Mosquito

Dados do Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) apontam que 1.506 de um total de 4.976 municípios, equivalente a 30,2%, estão com classificação de risco de serem afetados por infestação do aedes aegypti. E o mais grave, outrso 189 municípios (3,7%) contam com risco ainda mais elevado. O restante, 3.281 municípios (65,9%) obtiveram classificação satisfatória.

Ainda segundo análise da LIRAa, os domicílios das pessoas são os locais com maior número de incidência de criadouros do mosquito, em que 74,8% dos lares contam com vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis, pingadeiras, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais e materiais em depósitos de construção (sanitários estocados e canos, por exemplo) que acabam por servir de locais de reprodução do aedes aegypti.

Ainda no levantamento, depósitos de armazenamento de água elevados (caixas d’água, tambores, depósitos de alvenaria) e, no nível do solo (tonel, tambor, barril, cisternas, poço, cacimba, cisterna) também aparecem como segundo maior foco de procriação dos mosquitos, com 22%, enquanto depósitos de pneus e lixo respondem por 3,2%.

A pesquisa é realizada por amostragem de imóveis e criadouros criadouros com água positivos para larvas de Aedes aegypti, realizadas por equipes de controle epidemiológico, no âmbito municipal. O resultado desse monitoramento permitem aos estados a consolidam desses dados, posteriormente encaminhados ao MS.

Parceria com a população

Na capital do país, o Governo do Distrito Federal. (GDF), atual no combate ao mosquito da dengue em ações preventivas, com aplicação de fumacê, manejo ambiental, controle químico, inspeções dos Agentes de Vigilância Ambiental (AVAs) em residências e no investimento em novas tecnologias, como as armadilhas ovitrampas. Mas, também, em parceria e conjuntas com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e as Administrações Regionais (RAs), e em colaboração com a população para tentar reduzir o número de focos do mosquito da dengue.

“O combate à dengue é diário. É essencial receber o agente de vigilância ambiental para fazer a inspeção e orientar o que deve mudar, como proceder. Isso é muito importante. É um trabalho conjunto”, explica a chefe do Núcleo Regional de Vigilância Ambiental Sul, Sandra Silva.



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